Resgate da literatura

Três grandes poetas retornam do mundo dos mortos na peça Uma Noite em cinco Atos para relembrarem os jovens de hoje o quanto é importante ler

Diante de uma literatura escassa e jovens sem interesse a leitura. O século XXI retrata a dificuldade de autores em fazer com que o mundo volte a se interessar pelo convívio das palavras dentro dos livros. A peça Uma Noite em Cinco Atos, que acontece hoje, no Teatro Goiânia faz uma crítica de modo construtivo ao avanço tecnológico, que fez com que muitos deixassem de lado o hábito da leitura.

A obra dramática contemporânea faz uma análise da produção poético-literária da atualidade. Sua temática principal aborda a criação e o estilo da poesia pós-moderna. A peça é uma releitura do texto de Alberto Martins, o livro está entre as literaturas exigidas pela Universidade Federal de Goiás (UFG) em 2013.

Viajando por entre os séculos

A ação da peça se baseia na história de três poetas brasileiros, todos mortos, de diferentes épocas. As concepções poéticas são vividas na cidade de São Paulo, onde grandes nomes da literatura brasileira como Álvares de Azevedo (1831-1852), Mário de Andrade (1893-1945) e José Paulo Paes (1926-1988) retornam do mundo dos mortos e questionam o porquê da literatura está morrendo.

A diretora da peça, Laila Cristina explica que na peça, os autores tentam resgatar o que sobrou da literatura. “Os poetas tentam inventar uma poesia para o século XXI. Os três voltam para relembrar os jovens que eles têm que conciliar o mundo moderno de hoje com o hábito da leitura”.

Para Laila, que também já foi professora, as escolas não incentivam seus alunos a ler. “A leitura hoje é outra por conta da evolução tecnológica. Os autores atuais estão tentando resgatar os jovens, mas as escolas não ajudam muito, principalmente as estaduais”, critica a diretora.

Fonte: Diário da Manhã