Artista prepara mostra de desenhos

A partir de maio, a trajetória de Fernando Costa Filho será contada na mostra Desenhação.“A exposição vai reunir, aproxidamente, 50 desenhos. São obras representativas para a trajetória das artes goianas e importantes para a história do Fernando”, revela a artista e professora da FAV/UFG Selma Parreira, que divide a curadoria com Fernando.

Desenhação é um projeto que se apoia na Lei Municipal de Incentivo à Cultura. Nove pessoas estão envolvidas em sua realização. O programa é dividido em três fases: exposição, atividades educativas (oficinas de desenhos e palestras) e vídeo de Pedro Diniz, que relata a história de Fernando.

“Estamos na fase de finalização da seleção dos desenhos”, indica Selma. O acervo do Fernando é rico. Ele guarda, em seu apartamento no Centro da cidade, obras de todas as exposições, dos trabalhos premiados em salões com curadorias nacionais até desenhos inéditos, garante Selma.

Foi a abrangência do acervo do artista que levou Selma a conceber Desenhação “Acho importante uma exposição com os desenhos do Fernando, pois ele é uma referência da arte contemporânea, do desenho livre”, fala a curadora, que acredita ainda que essas obras guardadas devem ser vistas ou revistas pela nova geração de criadores.

A partir de 1970

Após a seleção dos desenhos, todos serão higienizados. “Uma leve limpeza, pois estão em bom estado de conservação”, completa Selma. A viagem pela história dos desenhos de Fernando começa nos anos de 1970 e chega até os dias atuais.

Ao invés de reforçar uma ou outra fase de Fernando Costa Filho, Selma opta por falar em temas recorrentes do artista. Geometria, a linguagem gráfica em preto e branco, abstração com traços gestuais e o paisagista. Ela diz que a carreira de Fernando não pode ser definida em fases porque ele vai e volta ao mesmo tema em diferentes períodos. “Essa liberdade de criação é outro ponto estimulante do artista”, define.

Embora o caminho de Desenhação sejam os trabalhos sobre papel, Selma pretende introduzir algumas peças em suporte facilmente identificável com a história de Fernando. “São desenhos sobre telas”, fala.