Professor diz que escola tem de cuidar do aluno

O professor Roberto Lobo, especialista em Educação, acredita que a partir do momento em que a universidade aceita um aluno em seu corpo discente a instituição tem de cuidar dele. Para o professor, as universidades brasileiras não atuam de forma a reter o aluno na faculdade, especialmente nos primeiros anos, em que a maioria das matérias é mais básica, sem prática e muitas vezes sem relação direta com o curso.

Um dos principais fatores para a evasão nos primeiros anos, segundo Lobo, é que atualmente os alunos até possuem meios de conhecer a profissão e saber qual é o mercado ou as possibilidades de atuação, mas não há conhecimento sobre o curso. “Você vai fazer Jornalismo e pode até saber o que faz um jornalista, mas não sabe quais são as matérias que o curso oferece. Não sabe por exemplo que vai estudar sociologia, português, antropologia”, argumenta.

A pró-reitora de Graduação da Universidade Federal de Goiás (UFG), Sandramara Chaves, afirma que a instituição promove vários programas com o objetivo de evitar a evasão escolar. Programas de assistência estudantil, com a oferta de bolsas e moradia, buscam evitar problemas socioeconômicos, do mesmo modo que os projetos de monitoria tentam ajudar estudantes com problemas no aprendizado. “Queremos aumentar esses programas, criando tutores para os próximos anos”, conta Sandramara.

Já em relação a ajudar o estudante na escolha pelo curso, a pró-reitora conta sobre o programa Espaço para Profissões, em que a UFG recebe alunos do ensino médio na instituição para que estes conheçam os cursos e as profissões ofertadas na universidade. Outro projeto leva uma equipe de professores da UFG para as instituições de ensino fundamental, também com o trabalho de esclarecer dúvidas sobre a faculdade e os cursos oferecidos.