Entidades cobram estudo técnico

Diante da cobrança de entidades de classe e de vereadores, a Prefeitura de Goiânia se comprometeu a apresentar estudos técnicos que teriam embasado as alterações propostas no Plano Diretor. O assunto foi debatido na manhã de ontem, em audiência pública realizada no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Goiás (OAB-GO). Outra audiência pública será realizada às 9 horas de hoje, no auditório da Biblioteca Central da Universidade Federal de Goiás (UFG), no Câmpus Samambaia.

“Ainda não foi feita a apresentação dos motivos técnicos pelos quais o Paço se convenceu da necessidade de atualização do Plano Diretor”, afirma o presidente da Comissão de Direito Imobiliário da entidade, Rodrigo de Moura Guedes. Ele afirma que a OAB, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU-GO), vereadores, membros da UFG e moradores da Região Norte, cobraram a apresentação dos estudos.

O advogado afirma que o diretor de Planejamento e Gestão Sustentável da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano Sustentável (Semdus), Sérgio Widerheker, se comprometeu a apresentá-los amanhã. A falta de documentos que mostrem a necessidade das alterações também é questionada pela promotora Alice Freire, do Ministério Público de Goiás. O POPULAR tentou contato com o diretor, que estava em reunião e não retornou a ligação.

A ampliação de uma unidade da Hypermarcas, próximo à UFG e à bacia do Córrego Samambaia, na Região Norte, tem servido de símbolo dos problemas que podem ser causados com a mudança na lei. Widerheker diz que a permissão para a instalação de empresas ao longo das vias expressas da capital (rodovias, anel viário e Perimetral Norte) atende a uma “vocação do município”, que já tem diversas indústrias instaladas assim, inclusive de forma irregular.

Fonte: O Popular