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Artista plástico Vallmes expõe pela primeira vez em Nova York

 

Um grupo de artistas de Goiás vai expor seus trabalhos na M.C Galery em Nova York, nos Estados Unidos. Em comum, todos são membros da Associação Goiana de Artes Visuais (Agav), criada em 2009. Denominada O Olhar da Agav sobre o Centro-Oeste Brasileiro (Agav’s Look On Brazilian Midwest), a exposição reúne cerca de 40 obras, entre pinturas e esculturas.

A mostra coletiva, que contará também com lançamento de uma obra do escritor brasiliense Hernane França, começa sexta-feira e vai até o dia 11. A artista paulista Rosi Freitas e a alemã Barbara Andres também integram a exposição.

Segundo Vânia Ferro, presidente da Agav e curadora do evento junto de Alcinda Saphira, também de Goiás, o convite surgiu por intermédio de goianos radicados há anos nos Estados Unidos como Helena Alves, artista plástica que se formou com ela no curso de Artes na UFG. “Os expositores novatos e veteranos conjugam um rigor nas suas técnicas. Essa mostra, que passeia da arte naif a outros estilos, é uma conquista para mostrarmos o trabalho recente de talentos de Goiás”, diz.

Ela acrescenta que a mostra reúne obras que retratam a arte goiana numa empreitada que está em sua segunda edição. Segundo Vânia Ferro, a primeira vez que a Agav levou obras para o exterior foi em 2010, para uma mostra realizada num espaço cultural de literatura na Rua 46, em Nova York.

De forma descontraída, os trabalhos expressam alegria em cores e sensibilidade, traços do Brasil Central. “Isso reflete uma latinidade que também é sinônimo de arte brasileira”, opina Vânia Ferro. Com 30 anos de trajetória, a artista diz que vai levar 15 trabalhos para a exposição em Nova York. De tamanho 30 x 30, as telas são todas figurativas. “Eu fiz uma retrospectiva da minha carreira nas pinturas”, conta a artista, natural de Paraúna.

ESCULTURAS

Antônio Vieira contabiliza 40 anos de atuação nas artes plásticas em Goiás e, pela primeira vez, vai realizar uma viagem ao exterior. “Estou muito feliz, principalmente porque vou mostrar meu trabalho lá fora. Acho que a oportunidade pode abrir portas para divulgarmos a arte feita aqui. A mostra significa muito mais que expectativa de venda das obras”, avalia o escultor, que pretende vender cada peça por um preço médio de 900 dólares.

Ele conta que vai levar quatro esculturas que integram a série A Visão Humana Sobre a Terra Nua. “Todas são figuras humanas, feitas de pedra-sabão com terra vermelha do Cerrado e resina especial. Cada trabalho tem cerca de 50 centímetros”, descreve Vieira.

Outro que participará da mostra na galeria nova-iorquina, Vallmes viaja pela primeira vez para Nova York para mostrar sete telas. “Em 2011 eu mostrei uma obra de estilo sacro em uma igreja em Roma, perto de Vitergo, onde estudei técnica em artes plásticas com professor particular”, conta ele, que morou em cidades como Florença e Milão. Goiano da capital, o artista retornou a Goiânia há cerca de dez anos, depois de morar anos no Rio de Janeiro e realizar trabalhos até para a Rede Globo.

“Agora eu vou mostrar arte contemporânea com emprego de materiais como cacos de espelho. Acho que a vida é um espelho fragmentado. Uma das telas traz a estátua da liberdade com o rosto da Marilyn Monroe”, diz Vallmes.