Diomício Gomes
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Estudante é examinada na Escola Brice Francisco Cordeiro

 

Teve início ontem o atendimento dos alunos das escolas municipais pelo Projeto Boa Visão, criado e realizado pelaFundação Jaime Câmara, em parceria com o Centro de Referência em Oftalmologia (Cerof) da Universidade Federal de Goiás (UFG) e com a Secretaria Municipal de Educação (SME). O objetivo do projeto é oferecer consultas médicas e exames oftalmológicos gratuitamente aos estudantes com o intuito de corrigir problemas visuais.

O ônibus do Projeto Boa Visão, equipado para a realização dos exames médicos oftalmológicos e levando dois médicos, esteve na ontem pela manhã na Escola Municipal Brice Francisco Cordeiro, no Conjunto Itatiaia, para dar início aos atendimentos que serão realizados nas escolas até o final do ano. De acordo com a diretora executiva da Fundação Jaime Câmara, Raquel Figueiredo Alessandri Teixeira, para este ano estão previstos 11,5 mil atendimentos em alunos de cerca de 140 escolas municipais.

De acordo com o oftalmologista Alexandre Taleb, diretor executivo do Cerof, após passar pela consulta médica e pelos exames, o aluno que precisar de correção visual recebe, gratuitamente, óculos de acordo com receituário médico também os tratamentos necessários para doenças oculares detectadas, incluindo cirurgias. “O projeto busca identificar nesses estudantes qualquer alteração visual ou oftalmológica que impeça o desenvolvimento deles na escola”, ressalta.

A resposta dos alunos, conforme Alexandre Taleb, é imediata. “A gente percebe a satisfação dessas pessoas ao receber esses atendimentos. Muitos não têm condições financeiras para comprar óculos ou fazer tratamentos. O desenvolvimento dessas pessoas em sala de aula melhora muito”, destaca.

O supervisor do Projeto Boa Visão pela Fundação Jaime Câmara, José Augusto Amaral de Castro, conta que um estudo feito pela entidade revelou que 10% dos alunos da rede municipal têm dificuldades visuais, o que corresponde à cerca de 15 mil pessoas. “Uma das vantagens do projeto é que ele também continua com os mesmos alunos a cada ano. O tratamento é mantido enquanto a pessoa estiver matriculada na escola. Oferecemos também à esses alunos a reposição dos óculos, em qualquer época do ano, em caso de acidentes.” O projeto é realizado desde 1995 e já atendeu 483.222 estudantes.