O viés político do paisagismo urbano

“Concebido como equipamento urbano e recreativo, o parque público está ligado, sobretudo, à vontade política. Qualquer que seja a época em que foram concebidos, os parques são sempre testemunhas do gosto pelo gigantismo e pelo grande espetáculo daqueles que decidem os destinos das cidades em termos de arquitetura e urbanismo”, escreve o geógrafo e professor baiano Ângelo Serpa no livro O Espaço Público na Cidade Contemporânea, obra de 2007 publicada pela editora Contexto.

No artigo Uma Discussão Sobre Representações Sociais e Identidades Conferidas à Capital Goiana, publicado em 2010 na revista eletrônica Ateliê Geográfico, do Instituto de Estudos Socioambientais (Iesa) da Universidade Federal de Goiás (UFG), Clarinda Aparecida da Silva, professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG), atribui à mídia a reprodução de representações construídas por agentes sociais, normalmente grupos dominantes. “A mídia transforma e até certo ponto define a circulação de bens simbólicos em sociedades contemporâneas. Desta forma, ela impõe definições sobre a cidade e a vida pública, cria e valoriza determinados espaços na cidade”.

Fonte: O Popular