Jogo da aprendizagem

Aproveitar o potencial das tecnologias para transmitir, de modo lúdico e interativo, conceitos de educação, saúde, meio ambiente e cidadania. Esta é a proposta do Ludo Educa Jogos, site de games gratuitos que busca auxiliar o professor em seu ato pedagógico.
A criação do site, em 2005, partiu da inciativa de alunos e professores de algumas universidades paulistas e hoje é gerenciada pela Aptor Software em parceria com a Unesp  (Universidade Estadual Paulista) e o Cmdmc (Centro Multidis-ciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos).
Além de disponibilizar jogos para todas as séries da Educação Básica (da alfabetização ao Ensino Médio), o portal se destaca pela simplicidade em seu manuseio, sem exigir demasiadamente do computador e da velocidade da internet.
O mais novo título on line é o Ludo Educativo Ato­mís­tica, que explica, de forma didática e divertida, o que é um átomo. Ao todo o portal possui 32 jogos, além  do game Ludo Educativo, dividido em 12 matérias e com mais de 12 mil questões cadastradas e 1.600 registros de professores.
Os games podem ajudar o professor em lições que vão desde a prevenção e combate ao mosquito Aedes Aegypti, passando pelo “Ludo Primeiros Passos”, que auxilia no processo de alfabetização; até o “Mer­gu­lho Marinho” que tem o intuito de formar jogadores que trabalhem pela sustentabilidade.

Projeto em Catalão
Com cerca de 1 mil acessos diários, o portal chama a atenção também pelo fato de permitir  o monitoramento dos resultados dos alunos com base no histórico de questões respondidas pelo jogador. Esse dispositivo ajuda o professor a identificar o nível de aprendizagem do estudante e onde é necessário melhorar.
Em Catalão, a mestranda em Quí­mi­ca   de Materiais com enfoque em material didático pela UFG,  Eloah da Paixão Marciano e a orientadora adjunto Maria Fernanda do Carmo Gurgel realizam, no Colégio Nacional Dr. Jamil Sebba, um projeto que con­siste em comparar o material didático do Ludo tradicional com a versão virtual disponível no portal.
Durante as aulas de Ciências da professora Maristela Dolores Marques, alunos do 4º e 5º anos do Ensino Fundamental, depois de aprenderem sobre a importância e a evolução da cerâmica, são divididos em dois grupos.
En­quanto alguns trabalham com o tabuleiro, os demais partem em dupla para os computadores. “É possível perceber que o aluno apreende com mais facilidade e interesse reforçando a aprendizagem vista em sala de aula”, conta Maria Fernanda.
A orientadora ressalta que hoje é difícil encontrar uma criança que não tenha navegado pela internet e isso faz com que os jogos “on line” estejam mais próximos da realidade dos alunos, bem como estimulem uma competição saudável entre os mesmos. “Eles não querem errar, porque sabem que vão perder pontos. Em casa, a disputa é com os parentes e amigos.”
Para o desenvolvimento computacional do jogo existe a participação do professor Thiago Jabur Bittar, do curso de Ciência da Computação da UFG-Catalão, que realiza a coordenação da composição e testes de todos os elementos que surgem na tela dos jogadores.
O projeto de mestrado é desenvolvido desde 2011 e é um bom exemplo para ser replicado nas escolas públicas e privadas de Goiás. O coordenador do portal Ludo Educa Jogos e Ludo Educativo, Alexandre Rosenfeld, ressalta que o intuito do projeto é expandir a ferramenta para os tablets e celulares alcançando, dessa forma, mais pessoas. “Estamos trabalhando para isso”, diz ele, acrescentando que inicialmente será dada prioridade para as questões de vestibular.­