Clássicos do cinema no Goiânia Ouro

O Cine Goiânia Ouro está exibindo a mostra Clássicos do Cinema, com filmes que marcaram as diversas fases dos cinemas europeu, hollywoodiano, asiático e brasileiro. Outro critério para a seleção foi a representatividade que o filme teve na inovação da linguagem audiovisual. Com um perfil didático, a mostra é uma parceria entre o Cine Goiânia Ouro e a Faculdade de Comunicação da UFG. Os títulos fazem fazem parte da lista adotada na disciplina Cinema, Espectadores e Ciberespaço desenvolvida pelo professor César Viana e alunos do curso de Jornalismo.

O filme mais antigo é O Garoto, de 1921, feito no auge da carreira do ator, roteirista, produtor e diretor Charles Chaplin em um de seus melhores momentos. Ícone do cinema mudo, Chaplin está no papel do seu mítico vagabundo e divide a tela com um garoto de 6 anos, órfão que vive nas ruas como ele.

Bem menos conhecido do grande público, mas igualmente importante na história do cinema, Encouraçado Potemkin, de 1925, aponta outros rumos para o cinema, bastante diferentes do modelo da indústria norte-americana. O filme, realizado em plena União Soviética, é do teórico e diretor de cinema Sergei Eisenstein, um dos mais estudados na área por seus recursos pioneiros no uso da montagem e efeitos especiais. A trama, que ressalta a ideologia socialista, tem início com um motim no navio de guerra Potemkin, que resulta numa violenta revolta na cidade de Odessa.

O cinema hollywoodiano por excelência, também chamado de cinema clássico, é representado por Ben-Hur, dirigido por William Wyler e lançado em 1959. O épico é um dos maiores e últimos exemplares da era de ouro de Hollywood, que adapta a história bíblica como uma narrativa linear, estruturada nos opostos bem e mal, e protagonizada por um herói vingativo cuja redenção evoca a moral cristã.

Embora não represente uma revolução audiovisual, Juventude Transviada chocou a sociedade da época (1955) por tratar sobre os novos desafios da sociedade pós-guerra, em que os jovens tentam enfrentar a sociedade repressora, como uma espécie de premonição dos libertários anos 60. A interpretação ousada de James Dean também foi um divisor de águas.