Wildes Barbosa
ENTREVISTA_-F_WEB

Como nasceu o disco?

A ideia surgiu já tem um bocado de tempo. Em 2006, mandei um projeto para a Lei Municipal para ver se recebia a aprovação. Já tinha algumas músicas e já tinha pesquisado algumas canções. O projeto foi aprovado em 2007 e só então fiz a gravação em 2008. O processo começou aí. Infelizmente aconteceram vários problemas de gravação, algumas músicas deram errado, a gente teve de regravar, uma série de complicações. O CD foi e voltou umas três vezes e agora estou lançando em 2013 (risos). O DVD também já foi gravado, no Martim Cererê, e vou lançar no final do ano.

 

O show tem uma vertente teatral e circense. Como foi a concepção?

Criei uma sequência ligando as músicas, por meio das letras. Percebi que tinha o tema do amor ligando as canções. Acabei criando uma história de uma mulher que está completamente apaixonada por um homem, que em um determinado momento a abandona. E ela se vê sozinha e resolve retomar a vida. Vence, retomando a vida de maneira bem criativa, encontrado outra paixão. É poético. E o trabalho com os tecidos tem a ver com isso. O amor é bem circense. Ela não pisa no chão, fica o tempo todo nas nuvens.

Vocês apresenta também suas habilidades de acrobata. Como é a preparação?

No começo do espetáculo é mais intenso. As cinco primeiras músicas são com tecidos. Cada hora faço uma movimentação diferente. Tem o tecido simples, no solo, depois o tecido de grupo, com o meu parceiro de cena. Depois tem a participação da lira e por fim, quando ela (a personagem) reencontra o amor, há o trapézio e o mastro chinês, uma espécie de pole dance.

 

Como você acabou enveredando pelos dois caminhos, cênico e musical?

Sempre convivi com a música. Minha família é de Pirenópolis. Cresci dentro do teatro de Pirenópolis, vendo o pessoal ensaiando e preparando apresentações. Sempre fiz aulas, participei e ainda participo de companhias. O circo acabou entrando depois, mas foi uma coisa que completou. E sempre fui muito da dança. Acabei enveredando para a dança aérea, com o tecido.

 

A música entrou na sua vida quando?

Aos 6 anos. Estudei no Mvsika Centro de Estudos, em Goiânia. Depois o pessoal descobriu que eu cantava e me tiraram do coro e da dança e me colocaram para cantar. Aos 16 resolvi estudar música na faculdade e me formei aos 20 em Canto Erudito, pela UFG. Primeiro fiz um trabalho com o Du Oliveira, na banda Sr. Blan Chu. Em 2001, a gente gravou um CD e foi um trabalho bastante intenso. Depois que saí da banda, em 2005, comecei o trabalho solo e a me dedicar um pouco mais ao teatro. Comecei a pesquisar musicalmente, para ir escolhendo o meu repertório.

 

A questão teatral veio depois?

Ela veio depois. Na verdade, sempre fiz o teatro junto à música. Mas nunca me formei em teatro. Mas aprendi muito com o trabalho com as companhias. O circo me encontrou depois, bem mais para frente, na preparação para uma opereta, em 2007. Minha personagem tinha que ficar pendurada e aí achei legal de fazê-la no tecido.

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