Formação profissional

O Zabriskie também assistiu e contribuiu para o nascimento de uma nova classe de trabalhadores goianos ligados aos bastidores do entretenimento - diretores, iluminadores, cenógrafos, figurinistas, entre outros. Iluminador goiano que conquista prêmios pelos festivais que passa, Rodrigo Assis reconhece a importância do Zabriskie tanto para a vida profissional como pessoal.

Ainda na adolescência, Rodrigo trabalhou em produções do grupo como ator e como iluminador. Foi lá que fez grandes amigos e começou a se profissionalizar no mundo da arte. “O Zabriskie foi e será por muito tempo um local para valorizar a arte de Goiânia. Ele ajudou no processo de construção da nossa identidade cultural e é de suma importância para artes cênicas em suas várias facetas”, define. “A Ana e o Alexandre, além de dois batalhadores, são excelentes atores”, completa Carlos Brandão, diretor do Teatro Goiânia.

Formada em Artes Cênicas pela UFG e produtora da Zabeta Criações, Sandra Santiago acredita que o Zabriskie foi e ainda continua sendo um ponto de expansão do fazer teatral, no seu mais profundo sentido. “Lá aprendi desde produção executiva à produção artística. Conheci e trabalhei com diversos artistas. Aprendi a estar em cartaz por um longo período, a me relacionar com o público e com a imprensa. Pude desenvolver diariamente o meu fazer teatral e crescer como artista criadora, pensadora e fomentadora de cultura.”

Nostalgia

Mesmo quem não seguiu a trajetória artística reconhece a importância que o Zabriskie teve na formação de uma geração de ex-alunos. Médico cirurgião fazendo residência em cirurgia vascular, Klaus Andrade Severo começou a fazer aulas de teatro no início da adolescência. “O Zabriskie participou da formação do meu caráter. Foi um período que até hoje me inspira muita nostalgia. Onde fiz amigos com letra maiúscula. Pessoas com quem convivi e que ainda hoje são do meu circulo de amizade”, relembra.

O médico chegou a fazer parte do Grupo de Teatro Zabriskie, que se reinventava naquela época, com novas propostas e uma sede de fazer arte com qualidade. “Sempre buscávamos o objetivo de trazer o novo para a população goiana. Lá tive meus primeiros encontros com o público, algo que só alguém que já pisou em um palco pode descrever. O Zabriskie sempre foi um ambiente saudável, lugar de encontros, de pessoas realmente conhecerem pessoas, como seres completos e plenos. A Ana Cristina representa a síntese disso tudo”, define.

Fonte: O Popular