Traços inquietantes

artista plástico goiano Emílio Sossé abre hoje sua primeira exposição individual, intitulada Estupro Simbólico e Outros Crimes, que reúne 25 trabalhos em óleo sobre tela sobre o que o pintor classifica como “violência simbólica”. O vernissage marca também a estreia do espaço Cahsebre, proposta de Emílio e outros artistas goianienses que surge como um ambiente alternativo para que possam expor seus trabalhos na capital.

Emílio, 27 anos, também professor de arte, é formado pela Faculdade de Artes Visuais da UFG e apresentará pinturas que compõem o seu acervo desde 2008. “Meu trabalho parece pornográfico, mas não é. O que faço é utilizar o corpo de uma forma simbólica. É uma alegoria”, explica ele sobre suas pinturas repletas de uma quase pornografia escatológica.

“O que quero representar é que o mesmo corpo pode ser sagrado e erotizado ao mesmo tempo, o que as pessoas acham inconcebível quando retratados no mesmo lugar. Gosto de jogar com os símbolos da cultura, com a publicidade, os meios de comunicação, a indústria pornográfica, os padrões de beleza...”, afirma, a respeito de suas pinturas.

O artista não classifica seu estilo. “Não tenho a obsessão de achar um rótulo para o que eu faço.” E reconhece que sua obra é impactante. “Faço um trabalho alternativo, e quando não se tem a prioridade de agradar o cliente é mesmo difícil o reconhecimento.”

Fonte: O Popular