Canteiro de obras do João Paulo II recebe nova turma de estudantes da PUC-GO e da UFG

Pela terceira sexta-feira consecutiva, o canteiro de obras do Residencial João Paulo II tornou-se espaço de aula de campo para alunos de Engenharia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e da Universidade Federal de Goiás (UFG). Os estudantes são convidados a conhecer as obras e o trabalho habitacional empreendido pelo Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Habitação (Agehab), no Programa de Visitas da Agehab – Conhecendo a Habitação de Interesse Social. O objetivo, segundo o presidente da Agehab, Marcos Abrão Roriz, é apresentar à futura mão-de-obra especializada como é possível atuar de maneira rápida e eficiente em políticas públicas de construção de moradias destinadas a cidadãos que precisam. “Na Agehab, trabalhamos com foco e eficiência, mantendo a responsabilidade de empregar bem os recursos públicos”, salienta ele.

 

O programa de visitas organizado pela Agehab tem, a princípio, quatro encontros marcados com os estudantes, durantes as sextas-feiras dos meses de setembro. “E estamos abertos a novas requisições, se alunos e coordenadores de cursos se interessarem”, convida Marcos Abrão Roriz. Nas turmas que estão visitando neste mês o canteiro do residencial, localizado na região Norte de Goiânia, muita gente está pisando pela primeira vez em uma obra. Para o presidente do Centro Acadêmico de Engenharia e coordenador do Diretório Central de Estudantes da PUC, Wagner Camargo, de 22 anos, a oportunidade é rara para muita gente, que poderia até mesmo passar longe de uma obra durante os 10 semestres mínimos de curso.

 

“Nesta visita podemos ter noção sobre como é feita a construção de casas. Aprendemos como se executa algumas funções que vemos em sala de aula. Isso é muito bom”, elogia o rapaz, que empolgado com o resultado de uma visita que ele mesmo fez em fevereiro também ajudou a divulgar o programa dentro da universidade. Particularmente, ele se disse muito interessado e surpreso com a forma como a rede de esgoto, por exemplo, é implantada em uma obra de grandes proporções como a do bairro, cujo primeiro módulo compreende 290 unidades. “É um sistema econômico e não prejudica o meio ambiente. Achei muito legal.”

 

Para Mariel Rodolfo Correia, 25 anos, estudante do 6º período do curso da PUC e coordenador da empresa júnior Solidez, um projeto encubado pela universidade, residenciais com a estrutura do João Paulo II dão a dimensão aos futuros profissionais de como é necessário ter planejamento para manter a eficiência. “O João Paulo, para nós, é um desafio. Nossos colegas que chegam à empresa vêm com grande vontade de aprender a ser empreendedores e aqui temos esta noção de como investir e administrar moradias”, observa.

 

Mulheres na obra

E se engana quem pensa que o gênero masculino impera entre os estudantes. Assim como já é postura da Agehab empregar a mão-de-obra feminina em suas obras, os cursos de Engenharia também estão cheios delas, cada vez mais atuantes em postos de comando. A descoberta chamou a atenção da aluna do 2º período da PUC Marília Stival. “Vejo que o mercado de Engenharia Civil para mulheres está crescendo, mesmo que ainda exista muito preconceito. Dizem que nós mulheres não temos pulso firme para conduzir um canteiro de obras, mas acredito que seja apenas uma fase. Vai mudar logo”, antecipa ela, que ainda descobriu de perto conceitos que até então viu somente no papel. Um deles é o do sumidouro, recurso técnico empregado para o escoamento da água. “Não dá para não sair daqui com muitas novas informações”, diz.

Fonte: Agehab