Urbanistas cobram transparência

05 de fevereiro de 2014 (quarta-feira)

Os urbanistas vinculados à Universidade Federal de Goiás (UFG) e Conselho Regional de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU-GO) criticam a participação do Instituto Cidade, vinculado a empresários do setor imobiliário. Presidente do CAU-GO, John Mivaldo da Silveira acredita a participação de empresários do setor imobiliário e técnicos da Prefeitura em um projeto como esse não dá a transparência necessária. O professor Erico Rosa diz que o Paço deveria abrir o projeto para a sociedade e permitir a participação de mais entidades.

John Mivaldo afirma que a administração municipal está submissa ao mercado imobiliário. “Todas as iniciativas do poder público são de propostas deste mesmo segmento. Não há problema nisso, a princípio, mas não se pode deixar que um segmento tome conta da cidade.” O presidente do CAU-GO diz que a proposta pode ter partido do Instituto Cidade, mas que deveria ocorrer um processo licitatório para a escolha do instituto que realizaria os estudos técnicos. O Paço Municipal afirma que realizou apenas um termo de cooperação técnica, sem custos.

Já o professor Erico Rosa acredita que o projeto da Operação Urbana Consorciada do Jardim Botânico está obscuro e que outros órgãos públicos e universidades estão distantes da discussão. “Está faltando a transparência necessária a este projeto, além de um corpo técnico neutro. É o Instituto Cidade, que é do setor imobiliário, fazendo um projeto para seus donos.” Rosa explica que, nesses casos, a iniciativa privada sempre quer conceder pouco investimento ao tempo em que o poder público também negocia pouco, fazendo com que a sociedade seja prejudicada. “Apresentar o projeto depois de estar pronto é complicado, porque é muito difícil mudar depois.”

Fonte: O Popular