Suporte técnico para MPE’s

 

Enviado em 23/02/2014 às 20h50

Wilson Isaías

As incubadoras de empresas são ambientes dotados de capacidade técnica, gerencial, administrativa e infraestrutura para amparar o pequeno empreendedor. Elas disponibilizam espaço apropriado e condições efetivas – como planos de negócio, estratégia de marketing, contabilidade e agentes financiadores – para abrigar ídeias inovadoras e transformá-las em empreendimentos de sucesso.

Apesar de a iniciativa ter surgido no final dos anos 50 nos Estados Unidos, no Brasil ela ainda é novidade e a incubadora mais antiga de Goiás é o Proine, da Universidade Federal de Goiás (UFG), que completa 10 anos em 2014.  Em 2013, uma empresa incubada na UFG, a Requisito, teve um software que avalia aptidões físicas e nutricionais escolhido, pelo Ministério dos Esportes, para ser oficial da Copa do Mundo de 20014 e também dos Jogos Olímpicos de 2016.

A gerente do Programa de incubadora de empresas (Proine), da UFG, Emília Rosângela, revela que a primeira incubadora de empresas goiana foi a Inove que pertencia ao antigo Centro Federal de Ensino Técnico (Cefet), atualmente Istitituto Técnico Federal de Goiás (IFG). "Ela foi desativada devido à mudança de gestão em 2005", explica. Emília declara que "por meio da interação constituída entre a UFG e empresa, por meio do Proine, as empresas chegam ao mercado com alto grau de especialização e grandes chances de sobrevivência", ressalta.

A gerente informa que "das 21 empresas apoiadas pelo Proine, onze se graduaram e se mantêm com autonomia no mercado, gerando emprego, renda e desenvolvimento econômico ao País". Fala que "um dos resultados positivos apresentados pelo Proine é o índice de mortalidade das empresas, que até 2013 é de 0%". Emília ressalta também que o Proine/UFG ocupa lugar de destaque no cenário de incubação goiana, ou seja, de incubadora modelo para implantação de outras iniciativas na Capital e na região. "Com a ampliação da sua capacidade instalada, exibe sinais claros de um salto qualitativo e quantitativo, tornando-se referência como um habitat de inovação no Estado de Goiás, tanto, em gestão para prover informação e conhecimento e garantir o sucesso de seus empreendimentos, quanto nas estratégias para promoção das interações entre tecnologia e inovação", comemora.

Modelos de incubadoras

Emília explica que existem três tipos de incubadoras de empresas: a tecnológica, a tradicional e a mista. Elas podem ser residentes – funcionam dentro da universidade – ou não residentes. A da UFG é do modelo tecnológico. Diz que "esta se constituiu como um programa de prestação de serviços, cujos resultados deverão gerar novas empresas e empreendimentos tecnológicos inovadores, ou ainda soluções intensivas em conhecimentos voltadas para a promoção do desenvolvimento local/regional a partir da transferência de conhecimentos e tecnologias desenvolvidos prioritariamente na UFG". As empresas incubadas são de base tecnológica e desenvolvem produtos, processos e serviços por meio de tecnologia inovadora, bem como no desenvolvimento de nacionalização de tecnologia

Ela também esclarece que as incubadoras são abertas à comunidade. Informa que pequenas e micro empresas já implantadas, outras em implantação ou mesmo ideias inovadoras que não saíram do papel, podem se inscrever como pessoa física ou jurídica. Todas passam por um processo de seleção multidisciplinar e se forem aprovadas, é necessário que se formalizem, façam um curso de plano de negócios e passem pelo período de cerca de seis meses, que é chamado de pré-incubação. Após três anos incubadas, elas são consideradas graduadas e passam a caminhar com as próprias pernas. "O importante é que essas empresas depois de incubadas carregam a marca da universidade", salienta Emília. Afinal já existem no mercado 11 graduadas pela UFG, e com índice zero de mortalidade.

O Proine

O Proine/UFG é um programa sem fins lucrativos, vinculado a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG), que apoia empresas de base tecnológica. O seu funcionamento é viabilizado pela UFG, em parceria com a Fundação de Apoio a Pesquisa (Funape).

O foco de atuação do Proine é Multissetorial, apoia empresas nos seguintes segmentos: Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC); Automação residencial, Georreferenciamento e planejamento urbano/ambiental, Geotecnologia, Construção civil, Automação residencial, Fármacos e Dermocosméticos e Tecnologias Educacionais.  Destes,  60% são de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).


Fonte: Diário da Manhã