Educação pode paralisar em Goiás

Aprovada pelos servidores técnico-administrativos e Sint-Ifesgo, paralisação terá início em 17 de março

Servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de Goiás (UFG) decidiram aderir à greve nacional organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra).

A paralisação está programada para o dia 17 de março e a principal reivindicação é o cumprimento integral do acordo salarial proposto pelo governo durante a greve de 2012 e o aprimoramento do plano de carreira da categoria.

Além da luta salarial, João Pires, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação das instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (Sint-Ifesgo), afirma que a categoria é contrária à privatização dos hospitais universitários.

Segundo ele, a greve deste ano será mais intensa e, consequentemente, levará a discussão ao âmbito do Hospital das Clínicas da UFG em diversos serviços, “o que não ocorreu nas greves anteriores”, enfatiza o coordenador.

No âmbito do serviço público federal, João Pires ressalta que a pauta é unificada. “Definição da data-base, regulamentação da negociação coletiva, reposição de perdas salariais e retirada de uma série de projetos que prejudica os trabalhadores e servidores públicos são demandas que tramitam na Câmara Federal e no Senado, que precisam de aprovação”.

O coordenador adianta que os servidores do Instituto Federal de Goiás e do Instituto Federal Goiano ainda não decidiram se irão aderir ou não ao movimento.

Durante a greve de 2012, os servidores técnico-administrativos aceitaram a proposta do governo federal, que prometeu reajuste salarial de 15,8%. Este percentual seria dividido em 5%, a partir de janeiro de 2013 até 2015.

Em Goiânia, trabalhadores da rede municipal de educação e da rede estadual de ensino prometem aderir à greve nacional dos dias 17, 18 e 19 de março.

 

Greve no Estado e município

Durante o movimento de paralisação, promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e entidades filiadas em todo o país, serão reivindicadas diversas demandas do setor educacional.

Iêda Leal, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) e dirigente da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), aponta a aprovação imediata do Plano Nacional de Educação (PNE) como principal reivindicação grevista. “A aprovação dos 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação e a aplicação dos royalties do petróleo, que vão contribuir para a valorização dos educadores, estão vinculadas à aprovação do PNE”, ressalta.

Outros pontos importantes para reivindicação apontados por Iêda é o cumprimento da lei 11.738/08, do Piso Salarial dos Professores, o estabelecimento de um plano de carreira e implantação de uma jornada de trabalho com diretriz nacional para todos os profissionais da educação (professores e administrativos).

No município de Goiânia será agendada uma reunião com a secretária municipal de Educação, Neyde Aparecida e os secretários de escolas, além da realização de seminários para discutir a política pedagógica da rede e a valorização dos trabalhadores.

Professores e servidores administrativos de todo o Estado vão intensificar as ações para o cumprimento do reajuste de 8,32% do Piso Salarial dos professores pelo governo do Estado e para que seja cumprido o acordo assinado há dois anos, durante a greve da categoria.

Nos dias 17 e 18 haverá movimentação dos trabalhadores em educação nos municípios e,, em Goiânia. E no dia 19, profissionais do Estado e municípios seguem para Brasília para uma manifestação na porta do Congresso Nacional.

Fonte: Tribuna do Planalto