Apoio aos pacientes leucêmicos

09 de março de 2014 (domingo)

Funcionando no mesmo prédio do DON, o Laboratório de Transplante de Medula Óssea é o grande suporte dos pacientes submetidos a transplante no Hospital Araújo Jorge e aqueles que fazem quimioterapia para controlar o câncer de sangue. Seu idealizador foi o médico hematologista, com doutorado, Adriano de Moraes Arantes, membro da equipe de transplante da unidade. Ao lado de Vera Saddi, ele buscou apoio da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), de uma mineradora e da Fapeg para montar o laboratório. “Nosso objetivo é oferecer recursos diagnósticos assistenciais ainda não disponíveis no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento adequado. Queremos plantar a semente de que a pesquisa caminha junto com a assistência”, explica o médico.

De acordo com Vera Saddi, portadores de Leucemia Mielóide Crônica que não conseguem fazer o transplante de medula são tratados com o medicamento Glivec, considerado revolucionário, mas que exige monitoramento. “Tem paciente que toma o remédio há dez anos. De seis em seis meses retiramos seu sangue para o exame Avaliação Residual Mínima através do qual avaliamos se o clone mutante está presente na circulação, mesmo em concentração muito pequena. O exame também detecta se o paciente está fazendo o tratamento adequadamente”, detalha. Por enquanto, o exame é oferecido aos pacientes atendidos no Araújo Jorge e no Hospital das Clínicas da UFG, que também realiza transplante de medula.

Um dos destaques do laboratório é a pesquisa de Galactomanana, antígeno associado à Aspergilose invasiva, doença pulmonar que costuma acometer pacientes transplantados. Ao detectar precocemente a infecção o tratamento é otimizado refletindo na economia de antifúngicos de alto custo.

Adriano explica que está em expansão no laboratório o setor de criopreservação de células tronco. Nele são congeladas células para uso autólogo ou processadas as doações alogênicas para pacientes do Hospital Araújo Jorge ou para atender pedidos do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).

Fonte: O Popular