Os museus e o meio ambiente

Fórum discute a importância dos museus para a sociedade da mesma forma que o meio ambiente, interligando os dois temas

O 5º Seminário Museu, Sociedade e Meio Ambiente, promovido pela Rede de Educadores de Museus de Goiânia (REM), acontecerá de 18 até o dia 21 de março  no miniauditório da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás (UFG), no Campus Samambaia.

A abertura será com a palestra “A Importância das Áreas Verdes e Museus para a Preservação do Meio Ambiente”, ministrada pela chefe da Divisão de Pesquisa do Jardim Botânico de Goiânia, Geórgia Ribeiro Silveira de Sant'Ana.

Uma das convidadas para a mesa de abertura, a superintendente do Iphan em Goiás, Salma Saddi, lembra que a temática do seminário é de muita importância para os museus e para a sociedade.

Ela afirma que é um campo científico e técnico que possibilita a conservação de documentos, preparação/montagem de exposições e ações educativas. “O papel do museu é muito maior do que apenas guardar objetos velhos. É um lugar de discussão cultural, de interação”, diz.

A superintendente ressalta ainda o significado para o Centro-Oeste da implantação do curso de Museologia da UFG e diz que o envolvimento dos professores tem proporcionado grandes resultados na formação de pesquisadores que se interessam por essa área.

O evento será entremeado com apresentações de trabalhos, conferências, oficinas e palestras sobre turismo, meio ambiente, patrimonialização, museu e educação ambiental. A mediação ficará a cargo dos professores da UFG e de outras universidades.

Patrimônio

A conferência do dia 19 tem como tema “A Contribuição Socioeducativa dos Museus de Goiânia para o Meio Ambiente” e, de acordo com uma das coordenadoras do encontro, Camila Wichers, o seminário pretende dar visibilidade às ações de educação em museus, em parques e outras instituições, que enfatizem o discurso da natureza como patrimônio.

“Queremos propiciar novas leituras para uma melhor compreensão da relação sociedade - meio ambiente (suas necessidades, seus impactos e suas funções) e incentivar e estimular novas ações nesse sentido”, afirma ela, que é doutora em Museologia e Arqueologia e professora da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás.

Para Camila, os seminários da REM têm trazido pesquisadores de relevância local e nacional para palestras, além de proporcionar a abertura de espaço para comunicações de trabalhos de pesquisa de educadores e alunos de Goiás (notadamente da UFG), mas também tem atraído pesquisadores de outras partes do país.

A coordenadora destaca ainda o crescente interesse das pessoas pelos museus. “Isso aumenta à medida em que os museus têm se transformado de ‘lugares de coisas velhas’" em espaços de reflexão sobre o passado, presente e futuro das sociedades, enfatizando a participação das mesmas”, ressalta Camila.

Ela diz que, por conta desse aumento da procura, o patrimônio salvaguardado dos museus passa a ter ligação direta com os problemas do presente e um dos problemas muito discutidos ultimamente é a questão ambiental.

Assim, Camila explica a relação dos museus com o meio ambiente. “Se os museus trabalham com os problemas do presente, o tema ‘meio ambiente’ tem toda a relevância nesses espaços, que se transformam em fóruns de discussão acerca da natureza como patrimônio e da importância da preservação dos bens naturais para o futuro das sociedades”, arremata.

 

Agende-se

O quê? - V Seminário Museu, Sociedade e Meio Ambiente

Quando? - De terça a quinta (18 a 21 de março)

Onde? - Miniauditório da Faculdade de Ciências Sociais da UFG, Campus Samambaia.

Confira a programação em http://remgoias.blogspot.com.br/

Fonte: Tribuna do Planalto