Estudantes decidem continuar com bloqueio na entrada da UFG em Jataí

Alunos querem mudanças na BR-364, que dá acesso à universidade.

21/03/2014 16h59 - Atualizado em 21/03/2014 16h59

 

Estudantes de vários cursos da Universidade Federal de Goiás (UFG) em Jataí , sudoeste goiano, decidiram continuar o protesto na entrada do Campus Cidade Universitária após uma reunião na manhã desta sexta-feira (21). Eles pedem que seja realizada uma série de mudanças no acesso à instituição. Para desbloquear a entrada da universidade, os alunos exigem que um termo de compromisso seja assinado pelos órgãos responsáveis.

A manifestação foi motivada pela morte de uma estudante, que trafegava de moto e foi atingida por uma caminhonete, após sair da universidade, na quinta-feira (20). O campus fica às margens da BR-364 e alunos reclamam que enfrentam riscos e dificuldades para chegar ao local.

“Entre as reivindicações estão a colocação de uma lombada eletrônica, a construção de uma passarela e também que seja arrumada a iluminação da rodovia e a reabertura da antiga entrada da UFG”, disse a coordenadora do curso de direito da UFG, Helga Martins de Paula.
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Ainda segundo a coordenadora, durante a reunião, foi apresentado ao reitor da UFG e aos representantes da prefeitura e PRF uma lista com todas as reivindicações de curto, médio e longo prazos. Os responsáveis teriam se comprometido a encaminhar as demandas para as esferas competentes para tentar solucionar o impasse.

A assessoria de comunicação UFG informou que o reitor continua no local para analisar quais medidas podem ser tomadas para que as atividades acadêmicas sejam retomadas. Porém, os alunos ainda exigem a assinatura de um termo de compromisso. “Não temos hora para encerrar. Estamos aqui desde quinta-feira, às 6h. Queremos chamar a atenção das autoridades competentes”, disse a estudante Lorrane Ibrahin.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), responsável por obras nas rodovias federais, também foi convidado pelos manifestantes para a assembleia, mas não enviou representante. A assessoria de imprensa do órgão informou ao G1 que aguarda uma análise do departamento técnico do órgão para se pronunciar sobre o caso.


Morte
A estudante morreu quando ia de moto para casa após sair da faculdade. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ela entrou na contramão, pelo acostamento da rodovia, e foi atingida por uma caminhonete.

A estudante teria feito a conversão irregular na tentativa de seguir por um trajeto menor até chegar ao retorno, perto da universidade. A batida ocorreu quando ela cruzou a pista, ela foi atropelada pelo motorista do outro veículo, que trafegava no sentido de Jataí a Rio Verde.

“Eles [motoristas que saem da universidade] descem pela contramão e atravessam a via no local em que a velocidade dos veículos é mais elevada, com uma curva acentuada e a visibilidade dos veículos não é muito grande”, informou o inspetor da PRF Moisés Alves.

Fonte: Portal G1