Alunos estão há 8 dias sem aula por causa de protesto na UFG de Jataí

Grupo bloqueia entrada do campus para pedir melhorias no acesso ao local.Universidade quer que unidade seja reaberta nesta sexta-feira.

Reporter: Josiane Peres

Alunos de 29 cursos do campus da Universidade Federal de Goiás (UFG) em Jataí, no sudoeste goiano, estão há oito dias sem aula devido ao protesto de um grupo de estudantes que reivindica melhores condições de acesso à unidade de ensino. Os manifestantes fecharam as duas entradas do local, o que também causou a interrupção da obra no prédio que vai abrigar a faculdade de medicina. A instituição espera que os alunos liberem o acesso ainda nesta sexta-feira (28).

 O protesto começou no dia 21 após a morte de um estudante na saída do campus dois dias antes, no último dia 18. Para evitar dar uma volta de 2 km para pegar o retorno à cidade, ela entrou na BR-364 na contramão e foi atingida por uma caminhonete.

Os estudantes pedem uma série de mudanças no acesso à instituição, pois reclamam que enfrentam riscos e dificuldades para chegar ao local. Para desbloquear a entrada da universidade, os alunos exigem que um termo de compromisso seja assinado pelos órgãos responsáveis.

 “Entre as reivindicações estão a colocação de uma lombada eletrônica, a construção de uma passarela e também que seja arrumada a iluminação da rodovia e a reabertura da antiga entrada da UFG”, disse a coordenadora do curso de direito da UFG, Helga Martins de Paula.

 O Departamento Nacional de Infaestrutura de Transportes pediu um prazo de 20 dias para elaborar um projeto que atenda às exigências dos alunos.

 Segundo o diretor do campus, a universidade atendeu à maioria das reivindicações do estudantes. “Os diálogos estão sendo feitos desde o início do movimento para tentar entender as reivindicações dos manifestantes. No entendimento do Conselho Diretor, a manifestação por melhorias na rodovia é justa devido ao trânsito de estudantes. A maioria das reivindicações até ontem já foi atendida. O Dnit já veio. Estamos aguardando uma posição do movimento, na assembleia que vai acontecer hoje, na tentativa re reabrir a universidade”, afirmou o diretor da UFG em Jataí , Wagner Gouvêa dos Santos.

 O representante da universidade acredita que a paralisação da obra não vai prejudicar o início das aulas do curso de medicina, previsto para o segundo semestre deste ano.

 “Acredito que o vestibular não vai ser prejudicado. Nós já estamos com o edital aberto para o processo seletivo 2014/2. Com a dificuldade da entrada dos operários que estão fazendo a verticalização da obra, a gente vai ter que reavaliar a situação para o início do curso”, disse o diretor.

 

Fonte: Portal G1