Projeto resgata história do IEG

Em oficinas temáticas, estudantes e professores voluntários envolvem a comunidade escolar em pesquisas e registros da trajetória da escola fundada em 1929

Sáb, 29 de Março de 2014 11:48
Carmen Cruz

Recuperar e documentar a longa caminhada do Instituto de Educação de Goiás (IEG) desde 1929, quando foi criado, é o principal objetivo do projeto desenvolvido pela direção da escola e que vem recebendo o apoio de estudantes e professores.


O trabalho - que já envolve estudantes de História e de Direito da Universidade Federal de Goiás (UFG), da Escola Superior de Educação Física de Goiás (Esefego) e outros que moram perto do IEG, além de parceiros da iniciativa privada - também tem o propósito de aproximar a escola da comunidade, fazendo com que a unidade educacional se reconheça na comunidade, e vice-versa.


O IEG tem hoje cerca de 2.500 alunos, a maioria do Ensino Médio. Só pela manhã são 18 turmas. Outras 14 à noite. No período vespertino, estudam alunos do 7º ao 9º ano do Ensino Fundamental e os do 1º ano do Ensino Médio.


Desde o início do ano, quando assumiu a direção da escola, a pe­dagoga Luciana Beatriz Telles vem desenvolvendo o projeto de resgate histórico do IEG, obtendo cada vez mais a adesão da comunidade.


Oficinas experimentais já foram feitas em sábados anteriores e, a partir do dia 5 de abril, elas serão permanentes, quinzenalmente, sempre aos sábados, de 8 às 12 horas.


Segundo a diretora, o IEG foi erguido e começou a funcionar antes mesmo de ser construída a Avenida Anhanguera e há fotos que documentam esse início. “Em toda a sua trajetória, mas principalmente no período da ditadura militar, o IEG teve grande importância nas lutas sociais em defesa da democracia”, afirma Luciana, ressaltando que a escola tem um grêmio estudantil bem atuante e que ainda hoje é um espaço que privilegia a política de engajamento.

As oficinas
Como nas oficinas experimentais, os estudantes terão aos sábados salas temáticas para técnicas de estudo, técnicas de redação, teatro e para mídias sociais.


O trabalho está sendo coordenado pelo professor Chrystian Fer­nando Araújo Borges, coordenador pedagógico do turno matutino, com a participação voluntária de vários professores. Nas oficinas ex­perimentais, ele criou a sala temática “Escola que eu Tenho, Escola que eu Quero”, em que apresentou reportagens de televisão com exemplos de intervenções exitosas.


Os estudantes também poderão participar de bons debates na oficina Café Filosófico, que será conduzida pelos professores de Sociologia e Filosofia do IEG. “A ideia é que pelo menos quatro salas temáticas sejam montadas a cada sábado, mas queremos que nossos jovens escolham de forma espontânea como participar e de que temática participar”, diz a diretora.


Para ela, o projeto também favorecerá aos estudantes desenvolverem a responsabilidade e a autonomia no processo de formação. “Queremos motivar nossos alunos, mostrar a eles que é possível sonhar e que o caminho para a efetivação desses sonhos é a educação”. (Carmen Cruz)

O projeto

Desde o início, as oficinas, as discussões e a produção de material relativo à história do IEG estarão sendo documentados em vídeo pelos estudantes sob a orientação de técnicos e profissionais que se dispuseram a contribuir de forma voluntária da proposta.


Ao final, será apresentado um documentário sobre as etapas do processo de recuperação histórica e os resultados obtidos. Entre outros produtos, a escola espera fazer a galeria de fotos e breve currículo dos ex-diretores, desde o primeiro deles, Alfredo Faria Castro. Os textos produzidos pelos estudantes, as pesquisas e depoimentos da comunidade poderão virar um livro.


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Fonte: Tribuna do Planalto