Mulheres em Biológicas e homens em Exatas

02 de maio de 2014 (sexta-feira)
Há alguns anos as mulheres aparecem como maioria na Universidade Federal de Goiás (UFG). No entanto, apesar de ser maioria no quadro geral, a presença feminina está concentrada nas Ciências Biológicas (67%), Humanas (63,13%) e Sociais (59,07%). Os homens prevalecem na área de Exatas (64,18%).

Os dados vão de encontro a uma pesquisa divulgada no mês passado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com base em dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) 2012. O estudo comprovou que meninas leem mais e meninos são melhores em matemática. Para o presidente do Centro de Seleção da UFG, Wagner Furtado, esse é um mito reforçado por questões puramente culturais, “que felizmente está mudando”.

Professor da área de Exatas, Furtado afirma que a presença das meninas vem crescendo consideravelmente nas engenharias. Ele diz que há dez anos, uma turma de Física de 40 alunos, por exemplo, tinha no máximo 4 mulheres. Hoje, em turmas de 30 estudantes, há de 10 a 15 representantes do sexo feminino e afirma: “Elas são as melhores alunas”.

Segundo o professor, o fato de haver menos mulheres nas turmas de Exatas acaba dando a falsa impressão de que os homens se saem melhor com o números. “Não existe essa de o homem ser melhor. Falo pela minha experiência em sala de aula. Proporcionalmente, as meninas se saem melhor.”

Fonte: O Popular