UFG discute adesão integral ao Sisu

Proposta é que universidade utilize 100% das vagas para o sistema de seleção nacional

terça-feira, 6 de maio de 2014 | Por: Luiz Redação


A Universidade Federal de Goiás (UFG) promoveu debate na tarde de ontem (04) proposta de adesão integral ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que utiliza nota do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) como processo de seleção. Com a adesão, o sistema nacional será a principal porta de entrada para os estudantes que querem ingressar na Universidade. Atualmente, 50% das vagas são destinadas a esse tipo de ingresso, a outra metade é destinada ao vestibular tradicional.

O reitor da UFG, Orlando Afonso Valle do Amaral, afirma que a discussão é um preâmbulo para as deliberações sobre a adesão ou não ao sistema, que devem acontecer na próxima semana. “Para debater contamos com a presença de Custódio Luís Silva de Almeida e do professor Miguel Franklin de Castro, ambos da Universidade Federal do Ceará (UFC), onde a totalidade já foi adotada. Eles repassaram a experiência que tiveram por lá”, diz. Se for aprovado, a nota do Enem deve ser exclusivamente usada com ingresso à Universidade já para 2015.

Ainda de acordo com o reitor, a tendência nacional é pela adoção do Sisu como principal porta de entrada das universidades mais tradicionais do país. Ele aponta que a principal vantagem dessa adoção é justamente o fato de ser unificado por todo o país, além disso, o processo já esta consolidado como sistema de avaliação, com as falhas corrigidas, e acesso amplo. “Acho que a universidade só tem a ganhar se a decisão do colegiado assim decidir”, afirma.

Outro ponto levantado pelo reitor é o alto índice de vagas ociosas na UFG. Segundo dados da Pró-reitoria de Graduação as vagas ociosas são provocadas pela evasão e falta de matrícula e, em sua maioria, estão em cursos de licenciatura, principalmente dos Campus de Jataí e Catalão. A esperança é que a adoção ao Sisu estabilize e corrija esses números, já que amplia o acesso à Universidade. “Se o Sisu vai resolver esse problema ou não merece uma discussão, os dados apresentados hoje mostram que em outras instituições, os números estabilizaram. Esperamos que por aqui aconteça também”, diz o reitor.

De acordo com o presidente do Colégio de Pró-Reitores de Graduação das Instituições Federais de Ensino Superior (Cograd), Custódio Luís Silva de Almeida, a adoção do Sisu permite maior inclusão, já que o sistema é aberto. “Como as notas são integradas ao sistema, um estudante que não passou em determinado lugar, pode atingir nota para outro”, informa. Essa extensão poderia facilitar o preenchimento de vagas, que com a assistência estudantil diminuiria a evasão.

A diretora do Centro de Gestão Acadêmica, Valquíria de Rocha Santos, destaca que os dois processos seletivos adotados atualmente aumenta a demanda de trabalho dos funcionários da instituição. Nos processos seletivos são envolvidos nove órgãos internos da universidade, além das unidades acadêmicas. Ela aponta que o reduzido corpo de funcionários da instituição dificulta e torna o processo dispendioso.

Fonte: Opção