Unidade ambiental existe há 46 anos

 

 

 

 

 

 

15 de junho de 2014 (domingo)

Quando foi criado, em 2003, o Parque Estadual da Serra Dourada incorporou um verdadeiro tesouro: a Reserva Biológica Professor José Ângelo Rizzo. Com 144 hectares, a unidade ambiental protegida pela Universidade Federal de Goiás (UFG) fica no município de Mossâmedes e leva o nome do botânico que lutou e conseguiu criar, em 1968, a reserva que é referência em preservação no Estado.

A área é de uma beleza cênica ímpar e abriga um dos pontos mais ricos em biodiversidade do Estado, com diversas espécies endêmicas. Entre os destaques está a árvore conhecida como pau-papel ou papiro (Tibouchina papyrus). Nela, as cascas são convertidas em uma cobertura branca que se descama e, quando retirada, parece pedaços de papel higiênico. O local também é repleto de espécies frutíferas e flores como a canela-de-ema e as bromélias.

Entre os pontos imperdíveis estão a Cidade de Pedra, onde as formações rochosas esculpidas pelo tempo parecem até ter sido feitas pelo homem; o mirante, instalado a 1.080 metros de altitude e de onde se avista a Cidade de Goiás; e o Vale das Areias.

Toda a reserva é cercada e vigiada por guardas 24 horas. Possui uma guarita, banheiros, laboratórios e alojamentos. Durante todo o ano, recebe dezenas de pesquisadores de diversas instituições, que produzem teses de mestrado e doutorado sobre a fauna, flora e geologia do Cerrado, atualmente um dos biomas mais ameaçados do Brasil.

Apesar de restrita, a visitação na reserva biológica não é difícil. Para entrar na unidade, é preciso pegar uma autorização com o diretor do local, o professor Ângelo Rizzo. O documento pode ser requisitado no herbário da UFG ou por e-mail.

Um dos maiores denfensores da riqueza vegetal do Cerrado, o professor Ângelo Rizzo se mostrou preocupado com a proposta do Sindicato dos Produtores Rurais da Cidade Goiás em reduzir a área do Parque da Serra Dourada, atualmente com cercade 28 mil hectares, em 42%. “É preciso um estudo biótico da região que eles afirmam ser área produtiva. Não estamos interessados em pasto, mas acho 42% uma porcentagem elevada. É quase a metade da área atual”, avaliou.

Rizzo falou sobre a proposta durante o último Congresso dos Botânicos da Região Centro-Oeste, realizado em Campo Grande (MS). “O presidente do congresso irá encaminhar uma moção ao governador Marconi Perillo (PSDB).”

Fonte: O Popular

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