Goiás participa de campanha global “Capture a Fratura”

Fundação Internacional de Osteoporose estimula investigação e tratamento da doença em pacientes fraturados, para diminuir a incidência de casos

21 de junho de 2014

 

O departamento de ortopedia do Hospital das Clínicas, da Universidade Federal de Goiás, acaba de ganhar um centro de referência da versão brasileira da campanha global "Capture a Fratura", da Fundação Internacional de Osteoporose (IOF). O objetivo do programa é diminuir a incidência das fraturas causadas pela doença.

 

A abordagem sistemática criada pela IOF é conhecida como Fracture Liaison Service (FLS) e deve ser implantada em todos os hospitais públicos do País. O serviço multidisciplinar recomenda que, ao chegar com uma fratura ao hospital, o paciente, após o tratamento cirúrgico, deve ser identificado e investigado para osteoporose, com a realização de exames, como densitometria óssea e raio X.

 

Para os casos em que é identificada a osteoporose, e há risco de novas fraturas, o programa recomenda o uso de tratamentos específicos que possam prevenir refraturas no longo prazo, como é o caso do já usado há 10 anos, ranelato de estrôncio, que atua na formação de osso novo.

 

"Muitas vezes o paciente desconhece que tem osteoporose e já chega ao consultório com uma fratura. Mas está comprovado que uma fratura de punho dobra o risco de uma na coluna vertebral que, por sua vez, multiplica por cinco o risco de uma fratura de quadril", explica Lindomar Guimarães de Oliveira, professor do departamento de ortopedia do Hospital das Clínicas.

 

casos de sucesso

 

A campanha da IOF já mostra frutos internacionais, como o registrado na Universidade de Glasgow, na Escócia. No local, 21 mil libras (aproximadamente R$78 mil) foram economizadas para cada mil pacientes tratados pelo programa, em comparação ao atendimento tradicional prestado no Reino Unido.

 

Já na Califórnia (EUA) foi observada uma redução de 37% na taxa de fratura de quadril, o que significa uma prevenção de 935 fraturas. E no Hospital Geral Conrad Repatriation, em Sydney, na Austrália, a incidência de fratura para os pacientes tratados foi 80% menor.

 

"O ranelato de estrôncio age nas células do osso, estimulando a formação óssea e diminuindo a ação das células que os desconstroem. Assim, é a primeira substância de dupla ação contra a osteoporose, pois combate a corrosão e também ajuda na construção do tecido ósseo", esclarece Lindomar.

 

Depois disso, o programa recomenda que o paciente seja acompanhado com exames de rotina a cada 6 meses ou anualmente, dependendo da gravidade.

Fonte: Diário da Manhã

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