Congresso vai discutir desenvolvimento rural e do agronegócio

26 de julho de 2014

 

Cerca de 1.200 pessoas são esperadas para o 52º Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (Sober 2014), a se realizar de amanhã até quarta-feira, no Centro de Eventos Ricardo Freua Bufaiçal, da Universidade Federal de Goiás (UFG). Serão apresentados 800 trabalhos, resultados de estudos e pesquisas, nas áreas de economia, administração e sociologia rural, cujo tema Heterogeneidade e suas Implicações no Rural Brasileiro se reporta às questões do desenvolvimento rural e do agronegócio brasileiro, em todas as suas dimensões.

Uma aula magna sobre o tema abrirá oficialmente o evento, que é organizado pela UFG e pela Embrapa Arroz e Feijão. Nos três dias subsequentes, serão realizados nove painéis, com palestras de estudiosos da conjuntura do setor, das evidências da heterogeneidade estrutural e de renda, das questões de governança das Cadeias Produtivas, dos gargalos do capital humano, dos diversos enfoques sobre agricultura familiar e as políticas voltadas para o setor

Participantes

“O evento reúne pesquisadores cientistas sociais, professores e estudantes estimulados pela necessidade de se pensar o rural, não apenas como espaço produtivo, ou um lugar repleto de vida, de interação social, que ainda necessita de políticas publicas que garantam melhoria de condições de vida no campo, numa abordagem interdisciplinar”, afirma a professora e doutora Sônia Milagres Teixeira, presidente da Comissão Organizadora Local.

Segundo ela, a temática da heterogeneidade no meio rural é complexa e se justifica, principalmente no caso do Brasil, cujo setor rural é marcado por fortes desigualdades sociais e econômicas.

A heterogeneidade estrutural e produtiva no setor agrícola brasileiro pode ser observada por meio da concentração produtiva em poucas atividades, concentração dos fatores de produção e desequilíbrios regionais. Estudos, baseados no Censo Agropecuário, tem mostrado que 15% dos estabelecimentos agropecuários respondem por 85% do Valor Bruto da Produção. As assimetrias na distribuição de capital físico e humano têm sido fatores determinantes na persistência histórica de elevada desigualdade da distribuição da renda e da pobreza no meio rural.

Mudanças

As políticas públicas tem um papel fundamental em promover a redução das disparidades no meio rural. Apesar de relativo avanço com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), dentre outros, existem grandes lacunas a serem preenchidas neste campo.

Neste contexto, destacam-se a urgência da formulação compatível de políticas de educação no meio rural, de assistência técnica e extensão rural, de um sistema tributário eficiente, de infraestrutura e desenvolvimento territorial.

 

 

 

Fonte: O Popular

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