Festival integra música independente de vários estilos com gastronomia, exposição de artes e debates
Começa hoje, e prossegue até domingo, o 15º Bananada, um dos festivais de música que ajudou a colocar Goiânia como um dos principais polos de rock independente do País e que, sem dúvida, contribuiu para transformar a vida cultural da cidade. A abertura será às 20 horas, com um pocket show da banda goiana de rock Cambriana, na Fnac. O rock é o elemento principal do evento, que prossegue durante uma semana em vários endereços, mas a nova MPB e a música eletrônica também compõem o cardápio do Bananada, que inclui palestras, exposição de arte e, novidade desta edição, um circuito gastronômico. Entre artistas goianos e de outras regiões do País, além de bandas estrangeiras, apresentam-se no Bananada 2013 mais de 50 atrações. A parte musical, a essência do evento, foi dividida em três espaços principais: o Bananada nas Casas, que percorre casas de shows voltadas ao público alternativo – Diablo Pub, Loop Stúdio e El Club; O Centro Cultural UFG, na Praça Universitária, recebe o Música Consciente, com destaque para a cantora Tulipa Ruiz; e o Centro Cultural Oscar Niemeyer, com dois palcos que receberão 26 shows a partir de sexta-feira.
“O festival não é só de rock. A boa música e a diversidade são nossa preocupação, mais do que um estilo só”, diz Daianne Dias, produtora executiva do Bananada, realizado pela Construtora - Música e Cultura, com apoio da Pandarus. Com orçamento estimado em R$ 200 mil, o evento conta com patrocínio da Petrobrás. Segundo a produtora, a entrada para os shows varia de R$ 10 a R$ 100. “Estamos de volta com o projeto Quanto Vale o Show, em que a pessoa paga, na entrada ou na saída, o quanto achar que deve”, explica. A expectativa é que, somando o público de todas as atividades, cerca de 15 mil pessoas participem do festival neste ano. No ano passado, foram 10 mil pessoas.
DIVERSIDADE
A programação do Bananada, conta Daianne, procura oferecer ao público o melhor das cenas local e brasileira na música alternativa. “Percorremos festivais durante o ano todo em várias cidades do Brasil para fazer a seleção das atrações. É uma responsabilidade porque o evento faz parte do roteiro cultural anual da cidade”, reforça.
A produção do evento destaca entre atrações nacionais Di Bigode (MG), Uh La Lá! (PR), Far From Alaska e Camarones Orquestra Guitarrística (RN), o trabalho solo de Beto Mejía, integrante da banda Móveis Coloniais de Acajú (DF), Walverdes (RS), Medialunas e Fusile (MG), banda Elma (SP), AMP (PE), Single Parents (SP) e Space Night Love Dance Laser (DF). “Nesta edição, o projeto Música Consciente traz a cantora paulista Tulipa Ruiz, que já estávamos tentando trazer já há algum tempo”, destaca a produtora. Tulipa se apresentará no Centro Cultural UFG, na Praça Universitária, na terça-feira à noite.
Entre os artistas goianos selecionados, estão “bandas goianas que se sobressaíram no último ano”, segundo o material de divulgação do evento. Entre elas, Bruna Mendez, Aurora Rules, Girlie Hell, Dry, Cherry Devil, Overfuzz e Cambriana. Bandas mais antigas e que estavam fora dos palcos há alguns anos se reúnem especialmente para o festival, caso do Rollin’Chamas, MQN e Valentina. As atrações internacionais são Brendan Benson, multiinstrumentista e compositor norte-americano, membro da banda The Raconteurs, e Mondo Generator, projeto do baixista do Queens of The Stone Age, Nick Oliveri. A programação contempla ainda o projeto Fábrica de Som, no qual dez bandas selecionadas pelo festival vão gravar uma faixa no RockLab, estúdio musical. O resultado será disponibilizado gratuitamente na internet.
OUTRAS NOTAS
Duas mesas-redondas serão realizada durante o Bananada, o chamado Un-Convention. Nos dias 16 e 17, vão ser debatidos temas como a situação das casas de shows após o desastre em Santa Maria (RS). A questão dos direitos autorais é tema de outra discussão, e a delicada relação entre autores, produtores, Ecad e a Academia Brasileira de Música. Os eventos vão ser realizados no Centro Cultural da UFG, na Praça Universitária, a partir das 14 horas.
Amanhã, no Ambiente Skate Shop, no Setor Bueno, começa, a partir das 17h, a exposição coletiva Blacobock#2 . O evento contará com com o trio Bicicleta sem Freio, e os artistas Ebert Calaça, Galvão Bertazzi, Mateus Dutra e Santhiago Selon. Está programado para a vernissage um show da banda Vida Seca, que trabalha com material reciclável.
Festival: 15º Bananada
Abertura: Hoje, às 20 horas, na Fnac do Flamboyant Shopping Center, com o show da banda Cambrianas
Quando: Até domingo, com atrações dividas em vários locais
Mais informações: http://festivalbananada.com
De cardápios e bananas
13 de maio de 2013 (segunda-feira)
Pela primeira vez, o festival Bananada vai promover o Circuito Gastronômico de Goiânia Rock City – Como Macaco Gosta de Banana, montado para o festival. “Conversamos com a chef Emiliana Azambuja para apresentar um projeto de gastronomia e desenvolvemos um conceito em que os restaurantes e bares também se tornam palco para os artistas. Além de lugares que já fazem parte do roteiro de quem é da cena rock ou a curte, fizemos parcerias com outros estabelecimentos da cidade”, afirma a produtora-executiva do festival, Daianne Dias.
Integraram-se ao projeto Como Macaco Gosta de Banana restaurantes e bares parceiros que prepararam um cardápio especial, com preços acessíveis, voltados especialmente ao público do Bananada. Os restaurantes que participam do circuito gastronômico são Tribo Restaurante, EMI – Cozinha Emocional, Belisquê, Pireneus Café, P di Pizza, Glória, Velvet 36, Ateliê do Grão, Poema Gourmet, Vai Tomá no Kuka Bar e Woodstock Bar.
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