Tucano e peemedebista são alvos de críticas

O Popular - 14/09/2010

A ausência de Iris Rezende (PMDB) e Marconi Perillo (PSDB) no debate promovido por entidades de classe da Universidade Federal de Goiás (UFG) com os governadoriáveis, ontem de manhã no Campus II repercutiu mal entre organizadores, debatedores e os (não muitos, cerca de 300) estudantes presentes. A justificativa de conflito de agenda e existência de outros compromissos no mesmo horário não convenceu. O professor da Faculdade de Ciências Sociais (FCS), Pedro Célio Borges, mediador do debate, ressaltou que o convite de participação no evento foi feito no dia 24 de agosto.

“Há um prejuízo para o debate porque há compreensão que eles entendem que não há necessidade de debater diretamente com a comunidade”, disse Marta Jane (PCB), que participou do debate de cinco blocos ao lado de Washington Fraga (PSol) e Vanderlan Cardoso (PR). “Eles não tiveram coragem de vir aqui debater o Passe Livre”, alfinetou Vanderlan, sobre o programa enfaticamente prometido tanto por Iris e Marconi.

Sobre o Passe Livre, Vanderlan disse que, se eleito, estudaria primeiro a viabilidade da implantação do benefício, que acha justo. “Em 100 dias, criaríamos uma Comissão para discutir a implantação da política do Passe Livre”, prometeu. Ainda sobre o transporte, o  republicano defendeu a implantação do metrô de superfície, ou VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) como uma opção para melhorar a demanda coletiva em Goiânia.

Bolsa - Vanderlan também defendeu a ampliação da Bolsa Universitária. “Mas com critérios rígidos , ampliando o benefício para aquelas pessoas que precisam, nada além dos recursos que temos condições de aplicar”, disse o candidato do PR, defensor da gestão eficiente dos recursos públicos. Ele defendeu cotas sociais para aumentar o ingresso de estudantes carentes na universidade.

Washington Fraga pregou melhoria do ensino básico como forma de democratizar o acesso ao Ensino Superior. “Este é um dos fatores para libertar a população de Goiás, até para que se compreenda melhor a política que se faz aqui”, disse.

Marta Jane (PCB) defendeu que 10% do PIB de Goiás seja destinado para a Educação e a Ciência e Tecnologia. “Sem a dotação orçamentária adequada  não há como, por exemplo, transformar a Universidade Estadual de Goiás em uma universidade realmente voltada para os interesses públicos”, justificou.  Marta também defendeu a estatização do transporte público como forma democrática de gerenciar o transporte coletivo.

UEG - Na ausência de Marconi e Iris, Fraga e Jane criticaram Vanderlan, em sua condição de candidato governista. “Peça ao Dr. Alcides para colocar bancos na UEG”, disse Fraga. Marta, por sua vez, acusou Vanderlan de ser um dos responsáveis pelo aumento da passagem do ônibus quando membro da CDTC. “A candidata está enganada. Ajudamos em 2005 a corrigir a planilha que fixava a passagem em R$2,49 que acabou caindo para. R$ 1,80”, respondeu Vanderlan.

Lembrando que Marconi e Iris lideram todas as pesquisas de intenções de voto divulgadas até o momento em Goiás. O tucano, inclusive, pode vencer o pleito em primeiro turno. (M.I.)