Alunos visitam exposição sobre lutas pela terra no Brasil

Projeto traz atrações multimídias e interativas que contam e valorizam legado das mobilizações e experiências culturais da gente do campo desde o descobrimento do Brasil

Alunos da rede municipal de educação puderam conhecer um pouco mais da história de Chico Mendes, Sepé Tiaraju, Elizabeth Teixeira, Antônio Silvino, Euclides da Cunha e Dom Pedro Casaldáliga, personagens que marcaram a história dos movimentos de luta pela terra em diversas regiões do Brasil ao longo dos séculos. As visitas das escolas municipais ao Caminhão Museu “Sentimentos da Terra” foram iniciadas na manhã de hoje, 21, com a presença de aproximadamente 100 alunos no Parque Flamboyant, no Jardim Goiás.

Após visitar sete cidades pelo país, o projeto chega à Goiânia com a proposta de levar informações e despertar o interesse da população com atrações multimídias e interativas que contam e valorizam o legado das mobilizações e experiências culturais da gente do campo desde o descobrimento do Brasil. O Museu itinerante segue montado até domingo, 23, com visitação aberta ao público das 8h30 às 18h.
As escolas municipais Marechal Ribas Júnior e Itamar Martins Ferreira foram as primeiras a estar no Caminhão Museu. Nesta tarde, as crianças das escolas Bernardo Élis e Maria da Terra integram a proposta, sendo que a última retorna ao Parque Flamboyant amanhã, 22, com turmas do Programa Escola Aberta. A exposição itinerante é promovida pela Ministério do Desenvolvimento Agrário e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com o apoio da Prefeitura de Goiânia.
A coordenadora do Caminhão Museu “Sentimentos da Terra”, Silvana Coser, explicou que todo o material apresentado ao público é fruto de pesquisas iniciadas em 2004. “Por meio de linguagem lúdica e de entretenimento, trazemos vozes de diferentes períodos históricos e diferentes regiões para apresentar os aspectos da luta no campo. Temos representados os povos da floresta, o cangaço, quilombolas, entre outros”, ressaltou.
Sentimentos da Terra
O Caminhão é equipado com duas salas de cinema que comportam 20 pessoas para exibição de 11 documentários produzidos pelo próprio projeto, biblioteca, estação cyber com acesso à internet, TV interativa, tenda com fantasias de personagens característicos do campo para a caracterização dos visitantes e, no palco, cardápio de karaokê com músicas e contação de histórias com temáticas da terra .
Monitora da exposição, a aluna do sétimo período do curso História da Universidade Federal de Goiás (UFG), Letícia Alves, considera a participação das crianças fundamental para que entendam desde temas históricos à propriedade das próprias casas nos dias atuais. “O Caminhão tem essa característica de ensinar, fugindo do tradicional. Essa nova abordagem diferente de assuntos que elas (crianças) aprendem na escola é importantíssima, pois aqui veem de forma lúdica e audiovisual. Torna-se muito atrativo para esse público”, avaliou.
A aluna Débora Rayssa Pereira Espíndola, 12 anos, aprovou o passeio pela história dos movimentos campestres. “Aprendi mais sobre reforma agrária e sobre o 'Movimento dos Sem Terra'. Nota dez para essa exposição”. Para a adolescente, a melhor parte da visita foi vestir o figurino. A garota escolheu a personagem “Senhora Rica”.

Fonte: Portal da Prefeitura de Goiânia