Proposta inovadora para a Universidade

A extinção das cotas sociais e uma nova etapa do ensino superior podem ser conseqüências da implantação dos Bacharelados de Grandes Áreas
              O vice-diretor do Instituto de Ciências Biológicas (ICBs), Tomás de Aquino Portes, propõe alterações em uma das propostas mais discutidas na Universidade Federal de Goiás(UFG), quanto a possível implementação da Reforma Universitária.  A proposta envolve os chamados Bacharelados de Grandes Áreas( BGAs), uma forma polêmica, encontrada para aumentar o número de alunos nas universidades federais e diminuir a evasão dentro das expectativas do Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), instituído por decreto em abril deste ano.
            Seguindo a lógica da implantação dos BGAs, que consistem em cursos superiores com duração de três anos e sem especificidade de atuação, Tomás discute e sugere meios de adequar os bacharelados à infraestrutura da UFG e a atuação desses profissionais no mercado. A estrutura já existente poderia ser aproveitada no período noturno com posterior construção de novas instalações para os BGAs diurnos; haveria contratação de professores, servidores e aquisição de equipamento. Os profissionais que concluíssem o bacharelado poderiam atuar do Ensino Fundamental e no Ensino Médio.
            Entre outros pontos apresentados pelo vice-diretor, haveria dois vestibulares: um realizado para os alunos que querem ingressar nos cursos superiores tradicionais, e outro para os que pretendem ingressar nos BGAs. O último exigira menos dos candidatos, portanto, as chamadas cotas sociais não teriam mais função. Os alunos dos BGAs ainda teriam a possibilidade de ingressar em um curso tradicional mediante avaliação e estabelecimento de uma média. Os que se destacarem teriam uma porcentagem de vagas nos cursos já existentes para modificar sua graduação. Ou seja, deixariam o bacharelado de grande área para fazer um curso que tenham escolhido.
O diferencial e a prudência dessa proposta, segundo seu mentor, estão na preocupação social de direcionar um profissional que terá um diploma superior sem área específica, possibilitar ascensão educacional por méritos próprios e a retomada do modelo de graduação atual, caso não haja êxito da proposta.O BGA pode ser enxergado como uma etapa do processo educativo no futuro, assim o estudante teria contato com assuntos relacionados às áreas com as quais tem mais  afinidade antes de definir sua profissão.

Fonte: Agência UFG