Cultura e meio ambiente

A III Semana de Ciências Ambientais, promovida no Instituto de Estudos Sócio-Ambientais (Iesa) entre os dias 19 e 23 de novembro, contou com 102 inscrições. No entanto, o número de participantes pode ter sido maior, pois o balanço não inclui os ouvintes das palestras que não se cadastraram. O caráter multidisciplinar do evento permitiu participação de professores e alunos das áreas biológicas, agronômicas, humanas e exatas. O tema da Semana foi Segurança energética e meio ambiente.

O evento contou com palestras ministradas por professores da UFG e de outras instituições que trabalham com a questão energética, como a Universidade de Campinas (Unicamp), Embrapa Cerrado de Brasília e Comissão Nacional de Energia Nuclear. Manuel Eduardo Ferreira, doutorando em Ciências Ambientais e um dos organizadores da Semana, acredita que o evento atingiu seu objetivo, que foi promover uma discussão diferenciada dos problemas ambientais. “A maior contribuição foi debater não mais o já comprovado aquecimento global, mas sim os processos para reduzir as emissões de gases e as discussões quanto à geração de energia”, comenta.

O grande diferencial desta edição da Semana de Ciências Ambientais é a mudança de enfoque. Enquanto o encontro de 2006 tratou somente das mudanças climáticas, o evento desse ano disponibilizou oficinas, mesas-redondas, mostra dos vídeos exibidos no IX Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) e apresentações de grupos folclóricos. O objetivo foi tornar a Semana mais atraente e interativa.

Também houve saída de campo, que levou os 27 participantes à barragem do Ribeirão João Leite, na região do parque Altamiro de Moura Pacheco. Além disso, a Semana criou um espaço para a discussão da expansão da cultura de cana-de-açúcar no Estado de Goiás. Aspectos legais e jurídicos do tema foram tratados em uma oficina, com participação da Promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público de Goiás.

Segundo Ferreira, o único ponto que precisa ser melhorado em 2008 é a data da Semana. Para ele, o evento deve ser antecipado, pois outras atividades de fim de ano impedem a freqüência de interessados. Apesar de ter notado uma menor presença esse ano, o organizador considera que a III Semana de Ciências Ambientais foi um sucesso.