Palestra levanta a discussão sobre o acesso livre a informação
Na última quinta-feira, dia 3 de abril, ocorreu no auditório da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia (Facomb) da UFG, uma palestra com o doutor em Ciência da Informação e Comunicação, Hélio Kuramoto, sob a temática “Biblioteca digital e acesso livre a informação”. Hélio também é responsável pelo programa de Biblioteca digital Brasileira e coordenador do Instituto de Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), situado em Brasília.
Durante a palestra foram apontados problemas como a falta de divulgação dos periódicos e artigos e a concentração do conhecimento em revistas do hemisfério norte. Segundo Kuramoto, “uma artigo demora de 12 a 18 meses para ser disseminado na comunidade” e acrescenta que se os pesquisadores tiverem mais acesso a documentos “isso possibilita fazer outras pesquisas”.
Para que a sociedade tenha acesso a periódicos e artigos, o IBICT propõe duas estratégias. A primeira delas é o projeto de lei 1120/2007 prevê a criação de repositores institucionais nas universidades. A segunda estratégia visa estimular o aumento de revistas de acesso livre para publicações de periódicos. Para o Doutor Hélio, “a visibilidade de uma publicação na internet é muito maior” e essas medidas duplicariam o uso e impacto das pesquisas.
Cecília Morena, técnica administrativa da Facomb, formada em Biblioteconomia e aluna do curso de especialização em Gestão Pública/UFG, afirma que a palestra foi bem esclarecedora e o que motivou a assistir foi o tema de sua monografia, que está relacionada à criação de um repositório institucional para a Facomb. De acordo com Cecília durante a graduação, que ela concluiu em 2005, essa temática de acesso livre e biblioteca digital não foi abordada.
Entretanto, há a idéia de o que acesso livre a informação pode facilita o plágio, mas Kuramoto afirma que “também será mais fácil identificar o plágio”. Para a área de biblioteconomia, a biblioteca digital pode representar uma nova função empregatícia e “o acesso livre é inevitável e irreversível”, completa o Doutor Hélio. As próximas ações do IBICT referem-se a discussão de uma política nacional de acesso livre, juntamente com a comunidade e o lançamento de um manifesto brasileiro em prol do acesso a informação científica.
Por Daniela Rezende Vaz (Agência de Notícias)
Fonte: Agência de Notícias/ UFG