Disciplina de Fabricação de Aguardente tem lista de espera

Disciplina de Fabricação de Aguardente tem lista de espera

São 45 vagas oferecidas e uma grande lista de espera. A disciplina de Tecnologia e Fabricação de Aguardente, oferecida pela Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos da Universidade Federal de Goiás (UFG), é uma das mais disputadas pelos alunos desde que começou a ser ministrada, em 2006. Por ser uma matéria de Núcleo Livre, estudantes de diferentes cursos fazem fila pra conseguir uma vaga. “Já tivemos alunos até mesmo do curso de música”, conta o professor Márcio Caliari, coordenador do curso de Engenharia de Alimentos e professor da disciplina.

Quando indagado sobre o sucesso da concorrida matéria, Márcio Caliari diz acreditar que a atual ascensão do mercado de cachaça tem um grande peso na escolha dos estudantes. “A grande maioria dos alunos pretende verdadeiramente montar um alambique. Muitos deles até já têm um alambique familiar e desejam reativar a produção da cachaça”.

A disciplina inclui aulas teóricas e práticas. Durante o curso, os alunos aprendem técnicas de processamento da aguardente na produção em pequena ou grande escala. “Eles participam de todo o processo da fabricação: desde como produzir artesanalmente os fermentos (iscas) até como se dá a fabricação industrial”, esclarece o coordenador. As aulas práticas são ministradas para grupos de 15 anos no setor de tecnologia de alimentos, onde há um alambique com capacidade para 12 litros de vinho, que é o caldo já fermentado e pronto para a destilação. Ao longo do curso são produzidas cachaças de diferentes matérias-primas: cana, mel, laranja, mexerica, manga e melancia. No final do semestre, o que foi produzido é engarrafado e as amostras são doadas aos alunos. “Após as 45 horas de estudo, o aluno está habilitado a produzir aguardente”, garante o coordenador.

A disciplina é oferecida uma vez ao ano. Em 2008, ela será ministrada no segundo semestre. Mas quem tiver a intenção de cursá-la após as férias de julho, é bom ficar atento. Afinal, a lista de interessados não pára de crescer.

Juliana Carnevalli