UFG investe para ter mais alunos

UFG investe para ter mais alunos (O Popular, 14/08/2008)

Construções e ampliações em Goiânia, Jataí e Catalão terão R$ 21,7 milhões este ano e visam atender Reuni

Carla de Oliveira

Com mais de 60 obras, entre construções, reformas e ampliações em andamento, a Universidade Federal de Goiás (UFG) se transformou num canteiro de obras. As construções, além de atender demandas antigas, começam a preparar a UFG para receber mais alunos, em função da adesão ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). O investimento para este ano soma cerca de R$ 21,77 milhões e abrange 41,67 mil metros quadrados de área.

A expectativa é quase dobrar a capacidade de atendimento da UFG, que hoje é de cerca de 18 mil alunos, no geral, e deverá chegar a 25 mil só na graduação até 2012. Há previsão de criação de 19 novos cursos para 2009 e outros dez para o ano seguinte.

Os recursos são provenientes do próprio orçamento da instituição, de emendas parlamentares e de verbas do Reuni, cuja adesão ocorreu no ano passado.

Volume
Esse é o maior volume de investimento em infra-estrutura recebido pela instituição nos últimos 20 anos. O último ocorreu na década de 80, fruto de convênio entre o Ministério da Educação e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Reitor da UFG, Edward Madureira lembra que a universidade vem de um longo período sem investimentos significativos em sua infra-estrutura. Apesar do volume considerável de recursos para 2008, diz, ainda será preciso investir muito para resolver os problemas da instituição.

Segundo ele, a maior parte dos recursos destina-se a investimento em novos cursos. “Não tem dinheiro específico para os problemas antigos. Ainda será preciso um aporte maior de recursos para conseguir dar o padrão em todos os cursos”, assinala.

Edward Madureira destaca que os investimentos que estão sendo possibilitados agora são provenientes de várias ações, como a captação de recursos extra-orçamento, recuperação do financiamento do governo federal e também do Reuni.

As obras estão espalhadas pelos câmpus de Goiânia (Samambaia e Colemar Natal e Silva) e os de Jataí e Catalão. O maior volume de dinheiro, no entanto, concentra-se nas unidades da capital. Apenas uma das obras, a maior delas, custará R$ 9 milhões. Trata-se do Centro de Cultura e Eventos, que está sendo edificado no Câmpus Samambaia, com cerca de 8,8 mil metros quadrados de área construída. O local está com 70% do trabalho finalizado.

Iniciada em setembro de 2007 e prevista para durar oito meses, a obra só deve terminar em novembro. De acordo com o arquiteto Marco Antônio de Oliveira, diretor do Centro de Gestão do Espaço Físico (Cegef), chuvas, falta de material e de mão-de-obra atrasaram a conclusão.

Outras duas obras de grande porte também estão prestes a serem concluídas no câmpus 2: passarelas em aço, cobertas e iluminadas, que farão a ligação entre os pontos de ônibus e as unidades da UFG e delas com a Biblioteca Central, e a cantina-restaurante, que está quase pronta e deve ser inaugurada até outubro.

Na Praça Universitária, várias obras também começam a mudar a paisagem das áreas da UFG na região. Um Centro de Aulas – o prédio terá, inicialmente, três pavimentos, sendo dois deles no subsolo – está sendo construído ao lado das faculdades de Odontologia e Farmácia, com recursos de emendas parlamentares. Uma nova etapa da obra será licitada com recursos do Reuni, para construção de mais quatro pavimentos.

Um convênio com o Banco do Brasil permitirá a construção da Biblioteca da Praça Universitária e uma nova agência para o banco. Com isso, o espaço hoje ocupado na Faculdade de Direito será liberado e deverá abrigar gabinetes de professores, salas de pesquisa e da pós-graduação.

Interior
No interior, cada um dos dos câmpus está executando obras estimadas em mais de R$ 6,5 milhões, provenientes do Programa de Expansão das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) e do orçamento de 2008. Elas incluem construção de centros de aulas, laboratórios e piscinas semi-olímpicas, explica Marco Antônio de Oliveira.