Pesquisa avalia novo possível fármaco de combate ao câncer

Projeto realizado no ICB poderá consolidar a inserção da UFG no campo de pesquisas cientificas do Brasil

O Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFG ,sob a coordenação da professora Elisângela de Paula Lacerda, estuda a atividade de novos compostos químicos, com ênfase em metais pesados (composto de Rutênio) para o tratamento do câncer e também o potencial quimioterápico de plantas medicinais do Cerrado junto ao Departamento de Biologia Geral com estudiosos da Botânica. O projeto “Estudo do novo composto de Rutênio como anti-tumoral” visa a analisar o comportamento de novas moléculas químicas a base de metais pesados, que não sejam de custos elevados e tão agressivos ao paciente quanto a Platina (metal que hoje vem sendo o mais utilizado para tratamentos cancerígenos, mas apresenta alta toxicidade).


O estudo conta com uma equipe multidisciplinar composta por doutores, mestres, alunos de iniciação cientifica e estagiários de diversas áreas: Química, Ciências Biológicas, biomedicina, Farmácia dentre outras. No Laboratório de Química, sob a responsabilidade do professor Aparecido Alves, ocorre a sintetização das moléculas químicas a base de metais pesados que serão usadas na avaliação frente ao câncer.  O Laboratório de Tecnologia Farmacêutica da Faculdade de Farmácia, sob a coordenação da professora Eliana Martins Lima, terá entre suas responsabilidades encapsular o produto desse possível novo fármaco. Os testes serão realizados no Laboratório de Genética Molecular e Citogenética do ICB.


A pesquisa não usará nenhum tipo de animal, na sua fase pré-clínica, será realizada in vitro a fim de evitar o sacrifício desnecessário de animais. Por isso, o laboratório onde serão realizadas as análises passa por grandes reformas montando uma sala para o cultivo de células humanas, onde os meios de cultura mimetizarão o corpo. Dentre as máquinas da sala de cultura estão equipamentos muito requisitados por outras universidades do país como exemplo o citômetro de fluxo Farc’s Away da BD sendo a UFG a primeira universidade do país a adquiri-lo. “Os testes que já foram realizados demonstraram resultados bastante promissores”, relata a professora Elisângela Lacerda, coordenadora da pesquisa.


Este foi o primeiro projeto que a UFG fecha junto a uma empresa para o desenvolvimento de novos produtos terapêuticos. Caso bons resultados sejam obtidos na sua finalização, um produto, uma inovação tecnológica será gerada, além de uma patente para a universidade. As empresas financiadoras são do pólo farmacêutico da região e investiram mais de R$1 milhão nas pesquisas.(Flávia Cristina Gomes)

Fuente: Agência UFG de Notícias