Professor aposentado da UFG oficializa doação de coleção particular à universidade

Coleção de Joãomar Carvalho de Brito Neto tem exemplares de 13 títulos diferentes

O jornalista e professor aposentado da UFG Joãomar Carvalho de Brito Neto assinou na tarde de hoje (14/10) a doação formal de sua coleção particular de jornais da época da ditadura militar brasileira (1964-1985). A coleção, formada por 70 livros encadernados e outros 300 exemplares soltos de 13 títulos diferentes, como “O Pasquim”, “Opinião”, “Leia” e “Movimento”, chegou ao Centro de Informação e Documentação Arquivística (Cidarq) em fevereiro deste ano.

O coordenador do Laboratório de Conservação de Acervos, João Luis Menezes, apresentou ao jornalista o resultado do processo de higienização e acondicionamento do material recebido pelo Cidarq. O trabalho foi desenvolvido por uma equipe de cinco estagiários supervisionados por João Luis. De acordo com o coordenador, foi feito um diagnóstico para detectar os pontos de fragilidade dos jornais recebidos e, a partir daí, o material foi higienizado com a utilização de aspiradores de pó e pincéis especiais. A intenção do Cidarq é digitalizar e disponibilizar os jornais para o acesso público na internet.

Ainã Bonfim, uma das estagiárias responsáveis pelo processo, afirmou que a conservação de jornais  é bastante difícil, por se tratar de papel pouco durável. Agora, o material doado por Joãomar está arquivado de forma correta na sede do órgão, no Câmpus Samambaia. O jornalista se emocionou ao conferir o resultado do trabalho feito pelo Cidarq. “Foi uma coleção muito difícil de fazer, pois era muito caro e necessitava de muito espaço para abrir os jornais”, afirmou o professor aposentado do curso de Jornalismo da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia (Facomb).

Joãomar Carvalho de Brito Neto também falou sobre a importância de conservar e divulgar os jornais relacionados ao período da ditadura militar. “Esses jornais são repletos de fatos da nossa História. É preciso manter a memória das dificuldades daquele tempo e provocar a reflexão nas próximas gerações”, explicou. O jornalista também afirmou que a universidade deve estimular professores e estudantes a fazer uso das possibilidades de pesquisa e documentação dos jornais arquivados.

Fonte: Ascom/UFG