
Microchips químicos descartáveis: análises mais rápidas e mais baratas
Por Angélica Queiroz (Ascom/UFG)
Foto: Carlos Siqueira
A tecnologia de produção de microchips analíticos foi desenvolvida e patenteada por pesquisadores do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) em 2002. A produção desse tipo de microchip é objeto de estudo do professor Wendell Coltro desde 2003, quando desenvolvia seu projeto de mestrado na USP de São Carlos. Desde então, já foram registradas outras duas patentes sobre o uso de toner para produção desses microchips químicos que fizeram parte do projeto de doutorado desenvolvido por Wendell Coltro na USP. Desde 2009, quando veio lecionar na UFG, o professor desenvolve seus estudos na universidade goiana e já tem um grupo de pesquisa em fase de implementação, contando ainda com a colaboração da USP, da Unicamp e da Universidade do Kansas, nos Estados Unidos.
A linha de pesquisa desses microchips não se restringe à química analítica. O projeto envolve outras vertentes, como eletrônica, engenharia de software e automação associada à química analítica instrumental. “O termo técnico, Lab-on-a-Chip, induz à ideia de integração de várias etapas analíticas em um único chip. E essa filosofia classifica a área em que atuo como uma área interdisciplinar”, explica Wendell, que conta, nesse projeto, com alunos de quatro cursos da UFG: Química, Engenharia Química, Farmácia e Engenharia da Computação.
Wendell Coltro ressalta que os microchips de toner apresentam uma enorme potencialidade comercial, já que, além de poderem ser levados para pesquisa de campo, são mais econômicos que os convencionais: a produção destes microchips descartáveis requer instrumentos de baixo custo, como impressora a laser, perfurador de papel e plastificadora de documentos. Mas, segundo o professor da UFG, ainda há empecilhos para que o produto seja lançado no mercado: “Ainda é preciso que a universidade faça parceria com alguma empresa que se interesse pelo projeto”, explica.
(Leia matéria completa no Jornal UFG de março, edição 34)
Fonte: Ascom/UFG