Iris e Maguito participam de corrida contra o tabagismo

Sexta edição do evento precede Dia Nacional de Combate ao Fumo, hoje

Manoella Porto
da editoria de cidades
A Sociedade Goiana de Pneumologia e Tisiologia, em parceria com a Prefeitura de Aparecida de Goiânia, realizou, na manhã de ontem, uma corrida  em decorrência do Dia Nacional de Combate ao Fumo, que é celebrado hoje. O evento intitulado "Largue o Cigarro Correndo" já está em sua 6ª edição e tem como objetivo alertar as pessoas para os males causados pelo fumo. A corrida, que contou com a participação do prefeito de Aparecida, Maguito Vilela, e do ex-governador Iris Rezende, foi realizada com o apoio do curso de medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG) e do Sesc.
Segundo um dos organizadores do evento, o professor de medicina da UFG, doutor Marcelo Fouad Rabahi, a ideia da corrida é aliar a atividade esportiva ao fato de não fumar. "Queremos reforçar a ideia de que a vida saudável é muito melhor do que o cigarro e que a atividade física é um dos recursos utilizados para ajudar as pessoas a pararem de fumar, então é uma associação que reforça o incentivo", disse. Para ele, a participação das quase mil pessoas no evento já é um sinal de que a campanha é eficiente.
A diferença dessa edição é que esse ano as crianças puderam participar do evento. Os participantes puderam optar por percursos de 12, 8 ou 4 quilômetros para os adultos de 1 quilômetro para as crianças.  "Organizamos atividades para as crianças justamente para que toda a família possa interagir e participar do evento. Fizemos uma parceria forte com o Sesc para ter atrativos para as crianças e todos poderem se envolver na campanha", contou Marcelo Rabahi.
“É a segunda vez que a corrida contra o cigarro é realizada pelas ruas e avenidas de Aparecida. É mais uma maratona de ruas que entra no calendário de eventos da nossa cidade”, pontuou Maguito. A Prefeitura de Aparecida, em parceria com a sociedade organizada, Ministério Público e os poderes Judiciário e Legislativo, organizaram no início deste ano a primeira maratona “Aparecida correndo contra o crack”. A segunda edição desta corrida está prevista para ocorrer no dia 25 de março de 2012.
Iris Rezende afirmou que a maratona contra o cigarro é a 16ª da qual ele participou nos últimos dois anos e meio. “Faço isso para servir de exemplo para as pessoas da terceira idade, e, sobretudo para os jovens”, assegurou o ex-governador de Goiás. 
De acordo com o estudante de medicina da UFG, Marcos Vinícius Muniz Souto, os alunos do curso foram responsáveis pelo apoio aos participantes."Nós temos o pessoal que está espalhado pelo percurso e nos pontos de distribuição de água e alimentação. Somos 22 acadêmicos além do apoio médico para dar assistência se alguém passar mal e da Polícia Militar e da AMT para controlar o trânsito", disse.

Participação
Ao final da corrida, cada participante recebeu uma medalha. Eles elogiaram a organização do evento e destacaram a importância do tema da campanha e da prática do esporte. O empresário Rubens José Gomes, 46, correu o percurso de 8 quilômetros e disse que o cuidado com a saúde levou ele e os dois filhos a participarem do evento. "Eu sempre fui pró-saúde e acho que as pessoas devem sempre se cuidar. E mesmo não fumando, acho importante participar da campanha, porque eu sou contra o cigarro, mas no final somos todos, fumantes passivos. Então a gente precisa incentivar as pessoas a pararem com esse mal e é bom fazer isso correndo em um evento tão bem organizado como este", disse.
Para o assessor de Comunicação Willer Castro, 25, que correu o percurso de 12 quilôme- tros, o esporte é um “vício”. Segundo ele, a população precisa se acostumar a participar e colaborar com eventos como este. "Eu corro há 8 anos, e espero que as pessoas acompanhem o esporte, porque é tranquilo e saudável. Eu não fumo e não bebo, mas todo apoio que se pode dar ao esporte é válido, ainda mais contra o cigarro" disse.

Pesquisa
O Dia Nacional de Combate ao Fumo é hoje. Em agosto do ano passado, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) publicou a Pesquisa Especial de Tabagismo (PETab) que mostrou que 25 milhões de brasileiros com idade igual ou superior a 15 anos ainda fumam. Segundo a pesquisa, houve uma diminuição no número de fumantes maiores de 18 anos, nas últimas duas décadas. Em 1989 eram 33%, e no ano passado 18%.