Vestibular - Maldita indecisão

Tássia Galvão
Da editoria de Cidades

Momento decisivo na vida do estudante: a hora de marcar “X” no formulário de inscrição do vestibular e escolher a profissão. Confusão, indecisão e turbilhão de idéias aparecem: será que é isso mesmo que eu quero? A certeza desde pequeno do que se será quando crescer se torna tormento e a angústia é maior ainda ao se pensar nas mais de 150 opções de curso superior. Mesmo inseguro e com medo de errar, não há motivos para desespero. Existem alternativas que os pré-vestibulandos podem tomar para não entrar em pânico e saber lidar com pressões de pais, amigos, familiares e escola. Especialistas sustentam que as dúvidas são saudáveis, a incerteza é normal. Para os “perdidos” ainda resta tempo para buscar ajuda e passar os dias tranqüilo.

A imposição por ter que escolher bem faz surgirem conflitos na cabeça do estudante e no relacionamento dele com as pessoas. Há 36 anos na orientação vocacional e do trabalho, a psicóloga organizacional Maria Tereza Figueiredo Costa diz que a melhor opção pode não ser a mesma para os pais e ao mesmo tempo para os filhos. O conhecimento do mundo do trabalho também é limitado e deficiente porque os jovens não se atentam à importância de buscar informações a respeito das ocupações, condições e funções desenvolvidas pelos profissionais. Por isso estudantes têm idéias esteriotipadas e superficiais das carreiras e valorizam apenas determinado aspecto, que talvez não seja o primordial, na hora da escolha. A psicóloga aconselha que o vestibulando busque o autoconhecimento: saber as habilidades, potencialidades e características pessoais. Depois, buscar objetivos, interesses e valores.