Reforma Universitária
Jornal Diário da Manhã, 10/04/2007
Reforma Universitária
UFG estuda oferecer 2 mil novas vagas MEC quer aumentar número de estudantes para cada professor, e para isso avalia ampliar vestibulares
Tássia Galvão
Da editoria de Cidades
Para atender à determinação do Ministério da Educação (MEC) de aumentar para 18 o número de alunos por professor nas instituições federais de ensino superior, a Universidade Federal de Goiás (UFG) tem projeção de abrir entre 1,5 mil e 2 mil novas vagas. A idéia é criar novos cursos e ampliar os já existentes em horários alternativos, segundo o reitor Edward Madureira Brasil. Outra exigência do MEC e que também será pauta de um seminário realizado nos dias 11 e 12 de abril, na UFG, é a formação de 90% dos estudantes que ingressam em seus cursos. Hoje, esse percentual nacional chega a 70%. As metas do MEC, que ainda estão em negociação, deverão ser publicadas nas próximas semanas e farão parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).
Para aumentar a relação professor-aluno, a instituição deve ampliar a quantidade de estudantes. A premissa, ainda em estudo, seria igualar o número de matriculados nos cursos do período noturno com o diurno, o que resultaria em mais 7 a 8 mil novas matrículas, ou seja, quase 2 mil novas vagas. Em um curso de quatro anos com 50 vagas, por exemplo, isso equivaleria a 200 alunos a mais. Há possibilidades ainda de abertura de mais vagas nas carreiras já existentes e criação de novos cursos, como Engenharia Mecânica, Engenharia Química e Arquitetura. “Tudo depende das discussões e do suporte que o MEC vai oferecer”, afirmou o reitor.
A expansão pode chegar à criação de mais 15 a 20 cursos. “A universidade tem intenção e competência para essa ampliação, só depende da contrapartida do ministério”. Um dos problemas citados pelo reitor para implantação das medidas seriam falta de investimento, além de apoio técnico-administrativo e contratação de professores. Mas é possível, segundo ele, ampliar a oferta de cursos, aproveitando os já existentes em horários alternativos. Hoje, a universidade possui 3,7 mil vagas e cerca de 14 mil alunos. Destes, de 10 a 11 mil estudam no período diurno e o restante à noite.
Na visão de Madureira, a meta do MEC em chegar a 18 estudantes por professor é ousada. “Isso não é fácil porque implica em mudanças na estrutura física, principalmente para os cursos dependentes de aulas práticas”. A discussão das propostas e metas do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Exapansão das Universidades Federais será aberta no encontro entre professores, diretores, reitoria e unidades acadêmicas. O que for decidido ainda será levado ao Conselho Universitário e a idéia, segundo o assessor especial da reitoria, Nelson Amaral, é que os projetos fiquem prontos o mais rápido possível.
Reforma Universitária
UFG estuda oferecer 2 mil novas vagas MEC quer aumentar número de estudantes para cada professor, e para isso avalia ampliar vestibulares
Tássia Galvão
Da editoria de Cidades
Para atender à determinação do Ministério da Educação (MEC) de aumentar para 18 o número de alunos por professor nas instituições federais de ensino superior, a Universidade Federal de Goiás (UFG) tem projeção de abrir entre 1,5 mil e 2 mil novas vagas. A idéia é criar novos cursos e ampliar os já existentes em horários alternativos, segundo o reitor Edward Madureira Brasil. Outra exigência do MEC e que também será pauta de um seminário realizado nos dias 11 e 12 de abril, na UFG, é a formação de 90% dos estudantes que ingressam em seus cursos. Hoje, esse percentual nacional chega a 70%. As metas do MEC, que ainda estão em negociação, deverão ser publicadas nas próximas semanas e farão parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).
Para aumentar a relação professor-aluno, a instituição deve ampliar a quantidade de estudantes. A premissa, ainda em estudo, seria igualar o número de matriculados nos cursos do período noturno com o diurno, o que resultaria em mais 7 a 8 mil novas matrículas, ou seja, quase 2 mil novas vagas. Em um curso de quatro anos com 50 vagas, por exemplo, isso equivaleria a 200 alunos a mais. Há possibilidades ainda de abertura de mais vagas nas carreiras já existentes e criação de novos cursos, como Engenharia Mecânica, Engenharia Química e Arquitetura. “Tudo depende das discussões e do suporte que o MEC vai oferecer”, afirmou o reitor.
A expansão pode chegar à criação de mais 15 a 20 cursos. “A universidade tem intenção e competência para essa ampliação, só depende da contrapartida do ministério”. Um dos problemas citados pelo reitor para implantação das medidas seriam falta de investimento, além de apoio técnico-administrativo e contratação de professores. Mas é possível, segundo ele, ampliar a oferta de cursos, aproveitando os já existentes em horários alternativos. Hoje, a universidade possui 3,7 mil vagas e cerca de 14 mil alunos. Destes, de 10 a 11 mil estudam no período diurno e o restante à noite.
Na visão de Madureira, a meta do MEC em chegar a 18 estudantes por professor é ousada. “Isso não é fácil porque implica em mudanças na estrutura física, principalmente para os cursos dependentes de aulas práticas”. A discussão das propostas e metas do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Exapansão das Universidades Federais será aberta no encontro entre professores, diretores, reitoria e unidades acadêmicas. O que for decidido ainda será levado ao Conselho Universitário e a idéia, segundo o assessor especial da reitoria, Nelson Amaral, é que os projetos fiquem prontos o mais rápido possível.