UFG discute expansão do ensino
UFG discute expansão do ensino
Malu Longo
A convite da Universidade Federal de Goiás (UFG), representantes de instituições brasileiras de ensino superior debateram em Goiânia, quarta-feira e ontem, os projetos de expansão e novos modelos acadêmicos para as universidades. As propostas serão encaminhadas ao Ministério da Educação (MEC) para integrar o Programa de Desenvolvimento de Educação (PDE), que deverá ser anunciado ainda neste mês pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O programa prevê investimentos de R$ 3,5 bilhões até 2008.
O Fórum Permanente de Graduação sobre o tema Expansão das Institutições Federais de Ensino Superior: Propostas em Discussão foi aberto na quarta-feira pelo reitor da UFG, Edward Madureira Brasil. Assessor da reitoria da UFG, o professor Nelson Cardoso Amaral falou sobre o estudo realizado sob sua coordenação sobre a expansão de vagas no período noturno. Também falou o presidente da Associação Nacional de Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e reitor da Universidade Federal de Mato Grosso, Paulo Speller, sobre a posição da entidade no contexto da expansão.
Modernização
Ontem, expuseram suas propostas o reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Naomar Monteiro de Almeida Filho, e o pró-reitor de Graduação da Universidade Federal do ABC (UFABC), Armando Milioni. As propostas discutidas no seminário da UFG se enquadram na expectativa da Andifes para uma nova universidade. Desde 1998 a entidade vem pleiteando ao MEC a necessidade de expansão, modernização, melhoria da eficiência e alterações acadêmicas nos ensinos de graduação e pós-graduação das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes).
A mais profunda mudança é proposta pelo reitor da UFBA, Naomar de Almeida Filho. O projeto, denominado Universidade Nova, prevê uma transformação radical na arquitetura acadêmica das universidades brasileiras. A idéia é implantar um regime de três ciclos de educação universitária. O primeiro ciclo seria o Bacharelado Interdisciplinar (BI), que proporcionaria formação em grandes áreas, como Humanas, Exatas ou Biológicas. O segundo seria a formação profissional em licenciaturas ou carreiras específicas, e o terceiro, a formação acadêmica, científica ou artística de pós-graduação.
Diomício Gomes
Naomar Filho propõe mudança radical na universidade