ANJ apóia projeto pela Educação

Jornal O Popular, 23/04/2007

ANJ apóia projeto pela Educação

Associação Nacional de Jornais participa do ‘Todos Pela Educação’, que une diversas entidades em busca de qualificação do ensino básica no País

Karen Farias*

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) é a nova parceira do compromisso Todos Pela Educação (TPE), articulado por representantes da sociedade civil, iniciativa privada, organizações sociais e gestores públicos de educação. O objetivo é unir esforços em busca de uma educação básica com qualidade para todas as crianças e jovens brasileiros.

A ANJ atuará em três frentes: espaços comerciais para a divulgação, reportagens e a formação de profissionais de comunicação voltados exclusivamente para o tema. Com isso, o programa pretende ampliar e qualificar a cobertura, a fim de esclarecer que “educação de qualidade é mais do que vagas na escola”, explica Priscila Cruz, coordenadora executiva do projeto.

O compromisso nasceu da convicção de que na última década houve um maior acesso de alunos à rede pública, mas a qualidade do ensino oferecido não acompanhou essa evolução. O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), exame realizado pelo MEC para avaliar o desempenho de alunos de quarta a oitava série, chegou recentemente a uma conclusão preocupante: o nível de conhecimento de um aluno de oitava série no Brasil é similar ao de um aluno de quarta série nos países desenvolvidos.

A coordenadora executiva do TPE acredita que grande parte dos pais se satisfaz com uma vaga para o filho na escola e com a possibilidade de que lá ele receba uniforme e merenda. “Poucos sabem avaliar a qualidade do ensino oferecido e menos o exigem das autoridades educacionais”, alerta a coordenadora do projeto. Por isso o compromisso pretende ampliar e qualificar a demanda por educação de qualidade ao orientar e estimular toda a sociedade, para que cobrem uma oferta adequada nas escolas de sua comunidade.

O trabalho desenvolvido pelo programa é para que crianças e jovens de 4 a 17 anos estejam na escola, sejam alfabetizadas até os 8 anos, concluam o ensino médio até os 19, e tudo isso com uma apredizagem adequada a cada série e por meio de investimentos garantidos e bem geridos. O desafio do projeto é cumprir as cinco metas estabelecidas até 2022, no bicentenário da independência do Brasil.

Cumpridas as metas, 98% das crianças e jovens de 4 a 17 anos estarão na escola, enquanto as pesquisas apresentadas em 2004 apontam uma frequência de 89%. A expectativa para 2022 é ainda de que 100% das crianças brasileiras de 8 anos estarão plenamente alfabetizadas e que 80% dos alunos aprenderão o que é apropriado para sua série, o que em 2005 era realidade apenas para 22% dos alunos. (Karen Farias é estagiária do programa OJC/UFG)