ANJ apóia projeto pela Educação
ANJ apóia projeto pela Educação
Associação Nacional de Jornais participa do ‘Todos Pela Educação’, que une diversas entidades em busca de qualificação do ensino básica no País
Karen Farias*
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) é a nova parceira do compromisso Todos Pela Educação (TPE), articulado por representantes da sociedade civil, iniciativa privada, organizações sociais e gestores públicos de educação. O objetivo é unir esforços em busca de uma educação básica com qualidade para todas as crianças e jovens brasileiros.
A ANJ atuará em três frentes: espaços comerciais para a divulgação, reportagens e a formação de profissionais de comunicação voltados exclusivamente para o tema. Com isso, o programa pretende ampliar e qualificar a cobertura, a fim de esclarecer que “educação de qualidade é mais do que vagas na escola”, explica Priscila Cruz, coordenadora executiva do projeto.
O compromisso nasceu da convicção de que na última década houve um maior acesso de alunos à rede pública, mas a qualidade do ensino oferecido não acompanhou essa evolução. O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), exame realizado pelo MEC para avaliar o desempenho de alunos de quarta a oitava série, chegou recentemente a uma conclusão preocupante: o nível de conhecimento de um aluno de oitava série no Brasil é similar ao de um aluno de quarta série nos países desenvolvidos.
A coordenadora executiva do TPE acredita que grande parte dos pais se satisfaz com uma vaga para o filho na escola e com a possibilidade de que lá ele receba uniforme e merenda. “Poucos sabem avaliar a qualidade do ensino oferecido e menos o exigem das autoridades educacionais”, alerta a coordenadora do projeto. Por isso o compromisso pretende ampliar e qualificar a demanda por educação de qualidade ao orientar e estimular toda a sociedade, para que cobrem uma oferta adequada nas escolas de sua comunidade.
O trabalho desenvolvido pelo programa é para que crianças e jovens de 4 a 17 anos estejam na escola, sejam alfabetizadas até os 8 anos, concluam o ensino médio até os 19, e tudo isso com uma apredizagem adequada a cada série e por meio de investimentos garantidos e bem geridos. O desafio do projeto é cumprir as cinco metas estabelecidas até 2022, no bicentenário da independência do Brasil.
Cumpridas as metas, 98% das crianças e jovens de 4 a 17 anos estarão na escola, enquanto as pesquisas apresentadas em 2004 apontam uma frequência de 89%. A expectativa para 2022 é ainda de que 100% das crianças brasileiras de 8 anos estarão plenamente alfabetizadas e que 80% dos alunos aprenderão o que é apropriado para sua série, o que em 2005 era realidade apenas para 22% dos alunos. (Karen Farias é estagiária do programa OJC/UFG)