Mapa das áreas de conservação Semarh aponta locais mais ameaçados em Goiás

Jornal Diário da Manhã, 21/04/2007

Mapa das áreas de conservação Semarh aponta locais mais ameaçados em Goiás

Thais Barbosa
Da editoria de Cidades


A Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) apresentou, na manhã de ontem, no auditório da Secretaria de Indústria e Comércio (SIC), o Mapa de Áreas Prioritárias para a Conservação no Estado de Goiás. Ao todo, são 24 localidades que precisam de proteção por apresentarem um alto índice de espécies frágeis e ameaçadas. Entre elas estão os municípios de Rio Verde, Caldas Novas, Luziânia e Anápolis. O estudo é convênio entre a Semarh, Agência Goiana de Meio Ambiente (Agma), Universidade Federal de Goiás (UFG) e algumas organizações não governamentais, como a WWF. Segundo as instituições, o próximo passo é criar estratégias de preservação.

De acordo com o secretário do Meio Ambiente, José de Paula Moraes Filho, a identificação das áreas prioritárias será instrumento para a realização de projetos arrojados de proteção ambiental por conta dos poderes públicos municipais e estaduais. “Todas as áreas definidas como prioritárias são de suma importância para a biodiversidade ou algum tipo de fragilidade geológica ou ambiental e precisam ser tratadas de forma diferenciada”, afirma o secretário. Além disso, ele acredita que o estudo dá base para que o Estado trace estratégias de desenvolvimento para as áreas precárias. Durante o evento, o superintendente de Biodiversidade e Florestas da Semarh, Emiliano Lôbo de Godoy, frisou a importância do estudo. “Com o Mapa, podemos evitar maiores danos à biodiversidade e aos recursos naturais existentes no Estado”, relata Emiliano, que chama a atenção para os benefícios que Goiás pode obter a partir dos mapas.

“O potencial e a capacidade do Estado em buscar recursos internacionais aumentam a partir de agora, já que conhecemos a nossa biodiverdidade e podemos construir estratégias de desenvolvimento sustentável”, conclui o superintendente. Com a criação dos mapas, o passo agora é traçar um programa para recuperar as unidades de conservação.

A região sudoeste foi a que chamou a atenção dos estudiosos, por ter um solo frágil e alto nível de devastação. Segundo o gestor de Recursos Naturais da Agência Ambiental de Goiás, Alejandro Alvarado Peccinini, as ações não englobam apenas a criação de Parques, mas também a aplicação de programas de educação ambiental e incentivo ao ecoturismo. A idéia do projeto foi prover os gestores ambientais do Estado de Goiás de um sistema dinâmico de informações capaz de criar diferentes cenários de conservação.