A Andifes continua coletando opiniões sobre o Plano de Desenvolvimento da Educação

Portal Andifes, 26/04/2007

A Andifes continua coletando opiniões sobre o Plano de Desenvolvimento da Educação

Confira o que pensam alguns educadores e parlamentares a respeito do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), apresentado nesta terça-feira (24/04) no Palácio do Planalto:

Paulo Rubem Santiago, deputado federal (PT/PE) e membro da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados – “Em linhas gerais, esta é uma iniciativa que recupera a responsabilidade do Estado com a educação básica. A União assume um papel diretivo junto às políticas de educação desenvolvidas em estados e municípios. Mas as medidas anunciadas devem ser acompanhadas para garantir que os equipamentos recebidos tenham manutenção e custeio adequados”.

Antônio Ibañez Ruiz, membro do Conselho Nacional de Educação (CNE) e ex-reitor da UnB – “Faltaram medidas mais concretas no que se refere ao ensino médio que o tornassem mais eficiente e menos custoso. O ensino médio noturno, por exemplo, é um dinheiro posto fora, uma vez que muitos dos alunos abandonam as salas de aula. A União e os estados deveriam trabalhar conjuntamente para aumentar o investimento no ensino médio integrado com a educação profissional. Existem, também, soluções alternativas para as questões dos Conselhos Escolares e dos cargos de diretores das escolas. Mas o plano caracteriza um passo à frente para a educação, mesmo com algumas lacunas”.

Paulo Marcos Borges Rizzo, presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) – “Sem dúvida, o plano é importante. Mas a nossa preocupação é com relação às garantias de financiamento das medidas anunciadas. Vemos, na educação de forma geral, uma situação em que não se tem capacidade de dar sustentabilidade aos projetos propostos exatamente por não haver condição para a sua manutenção. O piso salarial dos docentes, também, não está sequer garantido nesses recursos que serão destinados ao PDE”.

Amaro Henrique Pessoa Lins, reitor da UFPE – “O plano vem preencher lacunas existentes da alfabetização de jovens e adultos ao ensino superior. Elabora a educação de uma forma estruturada. Quanto ao ensino superior, mais especificamente, o PDE permite que as instituições realizem novas expansões, pensando um projeto de acordo com as suas necessidades, dentro da autonomia de cada universidade. A preocupação fica em torno do passivo das Instituições Federais de Ensino Superior, que não deve ser colocado no projeto, seja em termos de pessoal, quanto de estrutura”.

Malvina Tuttman, reitora da Unirio – “Acredito que as universidades federais estão atentas ao importante movimento do atual governo em priorizar a educação do nosso país. O PDE avança no sentido de entender o processo educacional em sua totalidade, estabelecendo vínculos entre diferentes níveis do sistema, e entendendo que o compromisso de todos passa não só pelas questões estruturais, mas, principalmente, pelo engajamento com um projeto de Nação, que se deseja soberana. No entanto, ainda é necessário reforçar que a autonomia das IFES precisa ser definida com maior clareza'.

Miriam da Costa Oliveira, diretora geral da FFFCMPA – “O programa de apoio a planos de reestruturação e expansão das universidades federais é pertinente e adequado com especial destaque às diretrizes de redução das taxas de evasão, de ocupação de vagas ociosas e de aumento das vagas de ingressos. Isso expressa não apenas uma meta de governo, mas uma satisfação que deve ser dada à sociedade. Entenda-se aqui, não apenas o atendimento à necessidade de ampliação do acesso ao ensino superior, mas também a justa aplicação do dinheiro público. É necessário também elogiar o ideal democrático contido no artigo 4º, que reforça o respeito à vocação de cada instituição e o princípio da autonomia universitária, permitindo que as universidades tenham o seu próprio modelo de atendimento às metas”.

(Lilian Saldanha - Assessoria de Comunicação da Andifes)