Como passar na Prefeitura

Jornal Diário da Manhã, 05/05/2007

Como passar na Prefeitura

Educadores ensinam melhor caminho para candidatos de Goiânia


Concentrar-se na parte teórica ou resolver muitos exercícios? Intensificar o ritmo de estudos ou reduzi-lo, para evitar estresse excessivo? Estudar em grupo, tirando dúvidas, ou estudar sozinho em casa? Essas são algumas das perguntas que passam pela cabeça dos candidatos a uma das vagas da Prefeitura de Goiânia. Para ajudar a resolver questões como estas e outras dúvidas, professores especializados em concursos públicos trazem orientações importantes para sua preparação.

Trata-se de profissionais que ministram aulas para turmas voltadas para grandes concursos públicos. Os professores são das áreas previstas para as seleções de nível superior e médio da Prefeitura de Goiânia, que abrangem conhecimentos em Saúde, Português, Matemática, Raciocínio Lógico e Informática.

Eles indicam a forma mais adequada para se dar bem no exame e são unânimes em afirmar que os exercícios ajudam a fixar a matéria específica, assim como é válido resolver as provas dos últimos concursos.

O professor de Matemática Pedro Menzel Galvão diz que é interessante que os candidatos evitem perder tempo com as questões que têm mais dificuldade e que estudar em grupo ajuda a tirar dúvidas.

Outro ponto observado pelo professor e que merece atenção é a forma de resolução das questões. “É interessante que os candidatos evitem perder tempo. São muitos itens e ninguém pode se dar ao luxo de desperdiçar minutos na resolução de uma questão.”

Atalhos
As orientações do professor de Informática dos cursos preparatórios Tese e Obcursos, Marco Antônio Ferreira de Araújo, não se resumem a revisar os tópicos do programa. Ele lembra que, nos dias que antecedem à prova, o comportamento do candidato pode ter influência negativa ou positiva em seu rendimento. Além disso, é válido resolver exercícios. Para as questões de Informática, o professor diz que é comum haver itens que cobram conhecimentos sobre as denominações de ícones e suas respectivas funções. “Este é um ponto a que os candidatos costumam não dar muita atenção. Por isso, vale a pena se dedicar a esta parte”, diz o professor, destacando, ainda, a importância de estudar as teclas de atalho para determinadas funções. “Geralmente são atalhos para comandos simples, como recortar (ctrl + X), copiar (ctrl + C) ou colar (ctrl + V), no word, por exemplo. Mas é preciso estar atento, pois os atalhos mudam, de acordo com o software. Para selecionar um texto no word, por exemplo, é preciso pressionar ctrl + T. Já no internet explorer, esta operação é feita apertando-se com o atalho ctrl + A”, exemplifica.

É importante ficar por dentro de tudo sobre o Sistema Único de Saúde. O professor Weber Tobias Costa recomenda ao candidato concentrar suas atenções nos temas de vigilância sanitária, doenças crônicas, infecciosas e contagiosas.

Segundo a professora de Português Eliz Junqueira, ter boa capacidade de compreensão textual vai ajudar muito na prova. Com relação à prova, a professora acredita que vale a pena concentrar as atenções nas regras de concordância verbal e nominal e ter conhecimento dos tipos de texto, como dissertação, descrição e narração.

Ritmo acelerado
Na reta final, o candidato deve se dedicar à revisão das matérias. O diretor do curso preparatório Tese, José Antônio Brito de Abreu, recomenda um ritmo intenso de estudos. Na sua avalição, esse concurso vai ser bastante seletivo no nível superior, especialmente porque está sendo realizado pela Universidade Federal de Goiás (UFG). No Tese, o curso preparatório para o concurso da prefeitura teve início na semana passada. Segundo José Antônio, a procura foi menor do que na época da divulgação do primeiro edital. “Existia uma certa indefinição, o que atrapalhou um pouco o candidato e refletiu nos cursinhos preparatórios.” Por outro lado, quando da divulgação do primeiro edital, o Tese chegou a ter 800 alunos se preparando para o concurso. Isso significa que há muitos candidatos que vêm se preparando ao longo do tempo.

Na opinião de José Antônio, as provas da seleção de nível médio serão mais fáceis, especialmente por conta dos salários, que são mais baixos. Ele observa que os dois concursos, de nível médio para saúde e auxiliar administrativo, têm o mesmo conteúdo programático, o que muda é o salário. Enquanto o da saúde é em torno de R$ 400, o administrativo chega a R$ 820. Outra característica deste concurso, segundo José Antônio, é o conteúdo extenso, especialmente no nível médio, que, além de matérias específicas e da Lei Orgânica do Município, abrange muitos itens de administração.

José Antônio alerta o candidato para a parte interpretativa e de textos da prova, muito utilizadas nas provas elaboradas pela UFG, que é a instituição que vai realizar o concurso.