Professores continuam em greve

Jornal Diário da Manhã, 09/05/2007

Professores continuam em greve

Gabriela Louredo
Da editoria de Cidades


Um dia após o governo estadual descartar a recomposição salarial exigida pelos professores da rede estadual de ensino, em greve desde a última sexta-feira, 4, a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás (Sintego) participou de reunião com os membros da Comissão de Educação e Cultura na Assembléia Legislativa de Goiás.

O presidente do Sintego, Domingos Pereira, afirma ter exposto aos deputados todas as seis exigências feitas pela categoria. Trata-se da reposição salarial de 20,31%, convocação dos aprovados no concurso de 2005, assinatura de promoções, reformas nas escolas, regularização do pagamento da folha salarial e do repasse dos recursos para a compra da merenda.

Em coletiva concedida na terça-feira, 8, a secretária estadual de Educação, Milca Severino, afirmou que o governo atenderia apenas parte da pauta dos grevistas. Por não mencionar previsões, a contraproposta foi rejeitada pelo Sintego. “Na realidade, aquilo não foi nenhuma novidade. A secretária já havia dito que o governo iria nos atender, mas nós queremos saber quando. Enquanto isso, a greve continua”, afirma.

Ele considera que seria oportuno o encontro com o secretário estadual da Fazenda, para o esclarecimento da categoria em relação às finanças do Estado. “Só não foi claro porque não mostrou e não provou porque não pode conceder a reposição. Queremos ver os números, quanto o Estado arrecada e quanto gasta com a folha”, protesta. Domingos acrescenta que o movimento conta com a adesão de 85% dos professores em todo o Estado e que, em algumas cidades do interior, o índice chega a 100%.

NEGOCIAÇÃO – A secretária estadual de Educação, Milca Severino, afirma que o governo está completamente aberto à manutenção do diálogo com os grevistas e sensível aos problemas enfrentados pelos professores no Estado. Segundo ela, as reivindicações da categoria também fazem parte da lista de prioridades do trabalho da Secretaria de Educação, exceto a reposição salarial, exigência do sindicato.

Apesar de reiterar que as exigências serão atendidas, Milca frisou que o governo está em fase de ajustes financeiros. Em razão disso, segundo ela, o governador considerou imprudente marcar datas, temendo não cumpri-las dentro do tempo previsto.