Professores do Estado mantêm paralisação
Professores do Estado mantêm paralisação
Direção do Sintego ouviu de assessor que governo não tem como atender as reivindicações da categoria, que saiu em nova passeata para protestar contra falta de negociação
Marly Paiva
Centenas de professores e servidores administrativos da rede estadual de ensino voltaram às ruas, ontem, para protestar contra a falta de negociação e o não-atendimento das reivindicações que apresentaram à Secretaria de Educação como condições para o retorno ao trabalho. Com faixas que exibiam frases como “estamos em greve por uma educação de qualidade” e “quem trabalha merece receber em dia”, eles se concentraram pouco antes da 9 horas na porta da Catedral Metropolitana de Goiânia, onde decidiram pela continuidade da greve.
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Depois, saíram pela Avenida Araguaia, tomaram a Anhanguera e subiram a Avenida Goiás até a porta do Palácio Pedro Ludovico Teixeira. No local, fizeram pronunciamentos e solicitaram o recebimento de diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Educação em Goiás (Sintego) pelo governador Alcides Rodrigues. “Desde abril do ano passado, no início da administração de Alcides Rodrigues, tentamos uma audiência com ele, mas nunca conseguimos”, explicou o presidente do Sintego, Domingos Pereira da Silva.
Mas quem recebeu o presidente da entidade e uma comissão de professores, ao fim da manifestação, foi o assessor especial do governo, professor Servito Menezes. Porém, ouviram um argumento já conhecido: que o governo não tem como atender às reivindicações, por ora. Servito Menezes salientou que, embora pudesse verificar a possibilidade de audiência com o governador, os trabalhadores teriam dele a mesma resposta que é dada pelas secretarias. Ele propôs-se, então, a tentar estabelecer conversação entre a diretoria do Sintego, os secretários da Fazenda, Jorcelino Braga, e da Educação, Milca Severino, sobre os pleitos da categoria.
Adesão
O presidente do sindicato reafirmou ontem que a greve continua e adiantou a data da próxima assembléia geral: dia 22, às 9 horas. Ele estimou que o movimento tem a adesão de, aproximadamente, 90% do total de escolas estaduais e conveniadas com o Estado. Já a Secretaria de Educação diz que, até o final da segunda-feira, havia 547 estabelecimentos sem aulas, entre as 1.109 escolas públicas da rede estadual.
A categoria quer reposição salarial de 20,31%. Cobra também o repasse, às escolas de nível médio, da verba para merenda escolar que o governo do Estado instituiu em meados do ano passado e atende a cerca de 240 mil alunos. O benefício não é fornecido desde novembro. Outro pleito se refere às promoções de professores que alcançaram novo grau de titularidade no campo em que trabalha.