Reforço para pesquisa na UFG

Reforço para pesquisa na UFG

Universidade foi selecionada para ter acesso ao maior banco de dados de pesquisa científica do mundo

Marília Assunção

Professores, estudantes ou pesquisadores ligados à Universidade Federal de Goiás (UFG), e até pessoas comuns que buscarem a biblioteca da instituição, terão agora acesso à maior base multidisciplinar on-line de dados e documentos científicos do mundo, chamada de Scopus. No Centro-Oeste, apenas a UFG e a Universidade de Brasília (UnB) terão acesso à Scopus, e por um motivo muito positivo. Foram escolhidas somente as 44 universidades que mais pesquisaram na base de dados na fase experimental – de 2005 a 2006. O serviço disponibiliza virtualmente 200 milhões de páginas de 15 mil títulos publicados por 4 mil editoras do mundo todo, muitos dos quais traduzidos para o português.

A Scopus pertence à parceria das editoras Campos e Elsevier e, no Brasil, está abrigada no portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC). A assinatura do contrato entre elas ocorreu na quinta-feira à tarde no MEC, em Brasília.

A expectativa é de beneficiar, diretamente, 600 mil pesquisadores, professores, estudantes de graduação e de pós-graduação, podendo chegar indiretamente a um milhão de brasileiros por causa da abertura à população pelos canais franqueados pelas universidades beneficiadas, segundo a assessoria de Imprensa da Capes.

Na cerimônia, o presidente da Capes, Jorge Guimarães, citou que, atualmente, o Portal de Periódicos da Coordenação (www.capes.gov.br) já tem 130 mil acessos por dia. “Com a entrada da base Scopus, com certeza, haverá aumento desse número”, observou. Parte das publicações do portal é liberada para qualquer navegante da internet. A Capes é a principal agência brasileira de fomento de bolsas de estudo e auxílios à pós-graduação.

Já o presidente da Elsevier, Cláudio Rothmuller, destacou que a pesquisa e, conseqüentemente a produção científica brasileira, crescerá ainda mais com o estímulo de um acesso virtual como o Scopus. Segundo ele, nos últimos dez anos houve um aumento de 20% no acesso on-line no Brasil. A norte-americana Elsevier é considerada uma das maiores editoras de livros médicos do mundo.

Como funciona
A base Scopus é uma ferramenta refinada de busca e foi criada em 2004. De forma ágil e objetiva, o usuário tem acesso a mais de 200 milhões de páginas de conteúdo, com links diretos, resumo de documentos, além da exata localização, com o título, autor, periódico que foi publicado, entre outras referências. Se o pesquisador digitar uma palavra (por exemplo: vacina), serão listadas as maiores publicações do mundo a respeito do tema, a procura existente sobre cada uma delas, os resumos e diversos livros completos.

A base também possui um grande número de publicações científicas brasileiras. São 223 mil artigos de autores nacionais, com 2.300 citações. O artigo mais citado é do pesquisador, Wanderley de Sousa, da Unicamp.