100 mil servidores estão em greve
100 mil servidores estão em greve
Da Agência Estado, de Brasília
EFE/Sebastião Moreira.
Greve na USP, que começou com alunos e ganhou adesão de professores: 8,9% dos servidores do País paralisaram atividades
Uma nova categoria aderiu ontem à greve dos servidores públicos federais que vem se alastrando pelo País. Dessa vez foram os funcionários do Datasus - instituição que dá suporte de informática ao Sistema Único de Saúde (SUS). No conjunto já são quase 100 mil servidores em greve, de acordo com informações dos comandos de greve, quase todos reivindicando salários mais altos. Isso corresponde a 8,9% do total de 1,1 milhão de servidores na ativa – não incluindo nesta conta o efetivo militar.
O grupo que está paralisado há mais tempo é o dos funcionários do Banco Central – cuja greve completa hoje 34 dias. Também cruzou os braços a maioria dos servidores do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Ministério da Cultura, Comissão Nacional de Energia Nuclear e dos setores técnico e administrativo das universidades federais.
Este último grupo é o mais numeroso de todos. De quase 105 mil funcionários na ativa, cerca de 84 mil estão parados. “A greve já chegou a 38 universidades federais e estamos aguardando novas adesões no decorrer desta semana”, diz Léia de Souza Oliveira, coordenadora da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra).
Além de pedir um piso salarial mais alto e recursos para o plano de saúde complementar da categoria, este grupo de grevistas exige que o Ministério do Planejamento abandone os estudos para transformar os hospitais das escolas federais de medicina em fundações estatais. “Se isso acontecer, os hospitais deixarão de ter compromissos com a formação dos alunos e com a produção de conhecimento”, diz.